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Reclamei, ao espelho meu, a
falta dos cabelos que, aos poucos, foram desertando, feito a melanina que os
descoloriram... Minha pele perdeu a textura e as letras diminuíram diante do
meu olhar, justo eu, fiel seguidor das boas escritas.
O espelho, interrogativo, me
interpelou... Ponderou sobre as vitórias alcançadas... Foi taxativo (tipo: "quem te viu e quem te vê") ao lembrar dos meus tempos de engraxate na antiga estação rodoferroviária de Ourinhos... Esfregou na minha cara os
bens patrimoniais, a mesa abastada, o trabalho na maior empresa do Paraná, os filhos fantásticos e a doce namorada -
companheira de viagem.
O espelho meu, lembrou os
amigos que comigo peleiam e as raras derrotas, que serviram para lembrar que
não somos perfeitos, mas, passíveis de falhas que, por vias tortas, contribuem para
o crescimento como ser humano, ciente das limitações, porém, com fantástica
capacidade de adaptação e reação.
O espelho meu encerrou a conversa no momento em que falou da presença de Deus no meu coração!
O espelho meu encerrou a conversa no momento em que falou da presença de Deus no meu coração!
Tive que dar razão ao espelho
meu... Realmente, muito pouco a reclamar... Foram muitas, claras e contundentes
vitórias, ainda que tenham vindo aos quarenta do segundo tempo, talvez por isso
se fizeram tão especiais.
Há tempos perdi o medo dos
desafios... Meu próprio medo que, em alguns trechos, tentou canibalizar
minha coragem... Hoje observo tudo com olhar desafiante e pronto para
prosseguir.
O apito dos 57 me convida
para novos desafios...
Sigo em frente, enquanto a felicidade marca a cadência!