A menina começou a brincadeira se
vestindo de noiva e eu virei um dragão - depois virei cavalo alado e, ela, se
transformou em índia, trazendo na testa um lindo e branco canitar - e a obrigatória
ausência de vestimentas.
De mãos dadas desfilamos por todo o céu, nem percebi se era Ortobom ou Castor, mas tinha densidade 33... Brincamos
de amarelinha, esconde-esconde e de esconder o sol, pasmem, escondemos o sol!!!
E seguimos brincando... No
final da tarde pegamos rabeira num Tupolev... Experiência fantástica - colamos nosso
frio no calor que emanava das turbinas do gigante russo... Foi aí que o bafo evaporou nossas partículas
e nos transformou num grande risco branco, acima do horizonte, bem no meio do
céu.
Em outro momento brincamos de multiplicar... Nos metamorfozeamos de novo e alinhamos por todo céu, feito chumaços de algodão flocolizado.
Em outro momento brincamos de multiplicar... Nos metamorfozeamos de novo e alinhamos por todo céu, feito chumaços de algodão flocolizado.
Ao anoitecer percebemos que
a escuridão ofuscava nossa beleza, convidamos outras nuvens pra se juntarem a
nós e, num grande abraço, escurecemos feito breu - feito a noite, de um modo
carrancudo e assustador, em seguida, meteorologicamente, nos precipitamos em
forma de chuva.
Minha menina pousar no mar, foi visitar as sereias que comiam big-mac... Eu, já cansado, caí
em terra firme e fui regar a terra... Eu queria ajudar na floração dos jardins para
que, na próxima primavera, estejam escandalosamente coloridos.