Sou do tempo em que,
literalmente, se escrevia textos com a ponta da caneta.
Hoje, adaptado às tecnologias, digito
textos - simplesmente digito textos, eu disse!
Ganhei em agilidade, porém,
o corretor automático, dentro dos editores de textos, me tirou a oportunidade
de pesquisar palavras no Aurélio, bem como, recorrer à enciclopédia para dirimir dúvidas. Sem contar o distanciamento dos livros de gramática para compreensão de possíveis e naturais
erros ortográficos.
Essa “comodidade”, apesar de
positiva tende a nos
transformar em autênticos “burros” funcionais.
Com relação ao assunto, que
ora discorro, lembrei-me de um acontecimento ocorrido há muito tempo.
A empresa em que eu
trabalhava necessitou de uma moça para a função de auxiliar de escritório. O salário era
uma miséria, por isso, apareceram apenas duas candidatas.
Uma era bonita, gostosa, voz orgástica feito locutora de aeroporto. A outra era mais feia que o capeta chupando manga debaixo de um guarda-chuva, comprado no Paraguai, além de fanhosa!
Uma era bonita, gostosa, voz orgástica feito locutora de aeroporto. A outra era mais feia que o capeta chupando manga debaixo de um guarda-chuva, comprado no Paraguai, além de fanhosa!
Meu patrão pediu para que eu
aplicasse uma provinha para as jovens. Na verdade, a prova consistia em
responder uma única pergunta: “Quem foi Beethoven?” – somente isso! O objetivo
era, apenas, verificar a redação das moças.
As respostas estão relatadas
da maneira em que foram escritas.
A feia, que se chamava
Cleusa, escreveu o seguinte: “Beethoven,
na verdade, se chamava Ludwig van Beethoven, foi um compositor alemão de música
erudita. Sua personalidade forte o transformou no típico gênio que vive a
margem da sociedade. Suas obras estão entre as maiores de todos os tempos
(especialmente sua 9ª Sinfonia e obras posteriores)”.
Priscila, a gostosa,
respondeu: “Betovi foi um caxorro da
rassa São Bernado que trabalhô num filme”.
Adivinha quem o Moisés Moya
contratou? Isso mesmo, a Priscila!
Revoltado, fui falar com o
Moisés, o qual justificou sua, errada, escolha:
- João, para os “errinhos”
da Priscila o editor de textos dará uma ajuda, mas, para a feiura da Cleusa não
há, no mundo, um corretor automático que possa dar jeito!
Fui obrigado engolir!