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Pra quem cresceu ouvindo os
comentários dos cinco tenores da crônica esportiva: Luiz Augusto Maltoni, Loureiro
Junior, Mauro Pinheiro, Dalmo Pessoa e Juarez Soares, ter que aturar esses
semianalfabetos, de hoje, é como ouvir Michel Teló num ouvido acostumado com
Ivan Lins, Oswaldo Montenegro e Renato Teixeira!
Ocorre que: Maltoni,
Loureiro e Mauro Pinheiro já há algum tempo estão comentando futebol no andar
de cima.
Portanto, gênios - ao alcance das mãos - apenas Dalmo e Juarez.
Juarez Soares, “O China”, conhece
o futebol dentro e fora das quatro linhas. Me refiro ao futebol como negócio
milionário e, todas as nuances que o tema sugere. Conhece conceitos e fala com
empatia quando chamado a intervir.
Os comentários de Juarez,
além do conhecimento e da consciência do que ocorre no jogo, tem um quê de filosofia
pós-moderna.
As metáforas contidas nas
suas intervenções é uma marca pessoal e intransferível, além de uma aula de
sabedoria.
Para um jogo igual, morno,
amarrado, que entrava em sua parte final, ele vinha com: “Daqui pra frente é que
veremos quem tem garrafa vazia pra vender!”.
Quando um time apresentava altos e baixos, durante a partida, podíamos esperar: “O time oscilou o jogo todo,
entre voos de Águia e mergulhos de Martim - pescador!”.
Quando a arbitragem errava
(erro, não roubo!) para os dois lados, soltava outra pérola: “O mesmo pau que
bate em Chico bate em Francisco!”.
Quando determinado jogador ficava dias encostado no departamento médico, sem motivo aparente, ele afirmava: "Fulano deve estar com tiriça!".
Quando determinado jogador ficava dias encostado no departamento médico, sem motivo aparente, ele afirmava: "Fulano deve estar com tiriça!".
Sinto falta de seus
comentários e colocações filosóficas, Juarez!
Em jogos sem emoções,
juntamente com o debochado Silvio Luis, animava os espectadores citando desde Casimiro
de Abreu, Cassiano Ricardo e Castro Alves até Shakespeare! Ou pensa que não
guardo na memória sua declamação:
- “Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte
que a luz do sol encerra,
E
as promessas divinas da esperança...”
Me desgosta, joseense Juarez,
ouvir os atuais comentaristas afirmando: - “O jogador Fernando corre tanto que
parece ter dois pulmões”!
O bucéfalo, que proferiu
essa infâmia, ainda retrucou: - “Só os médicos tem a obrigação de saber quantos
pulmões tem os humanos!”
Socorro, Juarez Soares,
precisamos de você, urgentemente! Ou vou continuar assistindo futebol, na tevê, com
o volume em “off”, ah vou!
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