Belezas que não se excluem...
Lua e Vênus combinaram ir pra balada... Vestiram
minissaias pretas, batom azul sangue, blusas decotadas e pousaram no céu
escuro.
O poeta, eu e todos que
estavam ao sul da linha do Equador, com as digitais em punho, lançamos flashes
de tudo que é lado.
Exibicionistas, insistiram
em girar por todo o céu - por toda noite.
A Lua, com seu dragão tatuado no
ombro esquerdo, sem São Jorge ou espada, sorria desvairada, parecia ter tomado
Campari com hortelã... Estava linda, exalando Chanel, como as rosas na sala de
espera do ginecologista para o teste de papanicolau... Vênus estava discreta, não
nas vestimentas, mas nos risos. Quando sentou, sem querer, deixou à mostra a
calcinha, da mesma cor do batom... Tinha uma pinta prateada no canto esquerdo
da boca.
O poeta tinha razão: Lua e
Vênus estavam absurdamente lindas... Vestidas para matar, glamourosas e
profanas – E que brilho bacana!
Despudoradas desfilaram até
tarde da noite, provocaram sem dizer o preço... Foram vistas, pela última vez,
no fim da madrugada... Não traziam mais o brilho das vinte horas. Quase
apagadas, estavam mais pra mamangava do que pra surfistinha... Depois se
esconderam na sombra esverdeada do dia.
Não deixaram nenhuma notícia ou
mensagem no “face” tipo: partiu universo!
Não deram a mínima para
nós... No fundo, o que elas queriam, mesmo, era encantar o Sol!
Arrasou!!
ResponderExcluirNem tanto assim... menos amore!
ExcluirBravos, João! vc viu tudo.
ResponderExcluirInfluências são inevitáveis - o ginecologista e a rosa branca tem dono...
ExcluirGrande abraço Santana!