Mesmo sabendo que nada sou
para propor coisa nenhuma, atrevo-me sugerir um “rolezinho” pelas bibliotecas da
cidade... Proponho, um arrastão pelas lojas de discos ou sebos... Quem sabe a
gente dê de cara com Mário Quintana, Clarice, João Ubaldo, Santana Filho ou
Alcir.
Quem sabe a gente encontre, na prateleira mais escura e escondida, algum vinil empoeirado do Belchior, Montenegro, Leoni, Ivan Lins, Guilherme Arantes, Zé Geraldo ou Antônio Carlos e Jocafi.
Quem sabe a gente encontre, na prateleira mais escura e escondida, algum vinil empoeirado do Belchior, Montenegro, Leoni, Ivan Lins, Guilherme Arantes, Zé Geraldo ou Antônio Carlos e Jocafi.
Quem sabe, num antiquário,
uma camisa tacheada do Elvis, o cabelo meia-tigela dos Beatles, ou, os óculos à
lá Chico Xavier do Roy Orbison.
Proponho uma releitura de
“Alice no País das Maravilhas”... Que país é esse, Lewis Carroll? Ou seria
melhor perguntar pro Renato Russo?!
Proponho um mergulho no
‘Retrato’ de Cecília Meireles e que, nossa imagem refletida, responda em que
espelho se perdeu a vergonha na cara!
Proponho um “rolezinho”
pelos cinemas... Quem sabe esteja em cartaz, em algum shopping do esquecimento:
“Em Algum Lugar do Passado”, “Mente Brilhante”, ou, “Assim Caminha a
Humanidade”... Mesmo sabendo que a
humanidade caminha para a desintegração e anunciada queda no abismo da
ignorância e desinformação.
Proponho que, nesse
“rolezinho”, se leia muita poesia... Pode ser Drummond, Vinícius, Leminski,
Helena Kolody, ou, o grande cordelista Leandro Gomes de Barros, mas, que se
leia poesia.
Nossa mente está engazopada
de tanto lixo que as poderosas mídias nos enfiam goela abaixo... Estamos
desacursuados e enfadados em ouvir BBB.
Duvido que ao escutar Paulinho
Tapajós - ler Casimiro de Abreu ou assistir algum filme baseado em obra de
Ariano Suassuna, “O Auto da Compadecida”, por exemplo - não se vislumbre uma
luz no fim do túnel!
Proponho o “rolezinho” e
tenho certeza que, dentro dos livros, encontraremos descrições maravilhosas, cenas
marcantes, personagens inesquecíveis: Riobaldo e Diadorim, Capitão Rodrigo
Cambará e Bibiana Terra, Ceci e Peri, Chicó e João Grilo e etc..
Se não quiserem aderir à
proposta do “rolezinho cultural”, tudo bem, só pensei em algo palpável, que
tivesse rumo ou norte e quebrasse os cristais do vandalismo... São apenas sugestões
de um ex engraxate, pobre de marré deci, magrelo, e que, algum dia, ousou
sonhar a educação e a poesia como salvadoras do mundo!
Sou sonhador, só isso!
Pontual e direto... Excelente!
ResponderExcluirJorge Luiz
valeu Jorge, grande abraço!
ExcluirÓtima proposta, João, e você sabe o que diz. Hoje cedo, entrando no supermercado cruzei com um garoto empacotador assoviando Vai Passar, do Chico. Não é que dei uma renovada?
ResponderExcluirAbraço.
Boa surpresa, mestre Santana!
ExcluirHá que melhorar nossa educação!
Abraços