Dia desses decidi caminhar
pelas ruas de Ourinhos, cidade onde eu e Ari Toledo fomos criados e onde nasceu o zagueiro Newmar e o mestre Antônio Abujamra.
Eu queria rever os lugares onde passei minha infância e adolescência. Primeiramente procurei o Clube dos Jovens Terríveis. símbolo da minha geração, clube dançante, do qual era sócio (tenho intacta, até hoje, a carteirinha social), não encontrei! "Terríveis" do Campari, da camisa branca fosforescente na luz negra, da Banda Santa Esmeralda, da discoteca, dos Embalos de Sábado à Noite. Aquele ambiente “bombava” aos sábados e domingos.
Exatamente às dez horas da noite de domingo, só ficavam as mulheres no local, saíamos para ver os “gols do Fantástico” no Jaracatiá, em frente ao Banco do Brasil. No lugar do Terribão existe, hoje, uma loja de colchões – necessidades cotidianas para um bom sono.
Eu queria rever os lugares onde passei minha infância e adolescência. Primeiramente procurei o Clube dos Jovens Terríveis. símbolo da minha geração, clube dançante, do qual era sócio (tenho intacta, até hoje, a carteirinha social), não encontrei! "Terríveis" do Campari, da camisa branca fosforescente na luz negra, da Banda Santa Esmeralda, da discoteca, dos Embalos de Sábado à Noite. Aquele ambiente “bombava” aos sábados e domingos.
Exatamente às dez horas da noite de domingo, só ficavam as mulheres no local, saíamos para ver os “gols do Fantástico” no Jaracatiá, em frente ao Banco do Brasil. No lugar do Terribão existe, hoje, uma loja de colchões – necessidades cotidianas para um bom sono.
Procurei pelo Cine Ourinhos
e Cine Pedutti, nada. O Pedutti, na esquina da matriz, transformou-se num banal
mini-shopping. O Cine Ourinhos teve um final mais honroso, hoje é uma casa de
cultura. Fim das matinês - do Tarzan, do Mazzaropi e dos bang-bangs italianos. Fim
dos “lanterninhas”, fim das voltas e mais voltas, em torno da ala central das
poltronas, paquerando e ouvindo a Orquestra Som Bateau. Esperávamos, ansiosos,
o início da sessão, depois do delicioso Canal 100, é claro.
Os trilhos da Estrada de
Ferro Sorocabana ainda divide a cidade ao meio, porém, os trens de passageiros
viraram peças de museu. A estação, quase desativada, tende a desaparecer, também.
Ao parar no canto da praça Mello Peixoto, no prédio onde hoje é a Farmais, olhei para o telhado e tive a nítida impressão que meu pai ainda estava ali, batendo o martelo no madeiramento que ele ajudou construir, quase quarenta anos atrás... Todos os dias, eu levava seu almoço, que mamãe acondicionava dentro de uma marmita de alumínio e amarrava com um pano de prato com a inscrição, bordada em vermelho: "família feliz"! Naquele instante uma lágrima disfarcei.
Ao parar no canto da praça Mello Peixoto, no prédio onde hoje é a Farmais, olhei para o telhado e tive a nítida impressão que meu pai ainda estava ali, batendo o martelo no madeiramento que ele ajudou construir, quase quarenta anos atrás... Todos os dias, eu levava seu almoço, que mamãe acondicionava dentro de uma marmita de alumínio e amarrava com um pano de prato com a inscrição, bordada em vermelho: "família feliz"! Naquele instante uma lágrima disfarcei.
As escolas onde estudei,
ainda bem, estão de pé, tanto o Virgínia (Grupinho) quanto o Caló. Só não
encontrei meus mestres: Professor Matsumoto, Mazé, Braulio, Getúlio, Natanael, Ademar
Lopes, Helton, Sinésio, Diva, Domingos Perino, Mávilo Perino e etc.
Meus colegas de classe: Olavo Dias, Elias Lourenço Ferreira, Geraldo Laperuta, Raimundo Barrueco, Airton Bomtempo, Edmilson Buratti, Valdir Galego nunca mais tive notícias.... Nossos melhores vizinhos: Dona Jandira e Senhor Sebastião (do Mário Cury) - pai do Marinho e do Betão não encontrei... Ficaram apenas as lembranças. Só lembranças!
Meus colegas de classe: Olavo Dias, Elias Lourenço Ferreira, Geraldo Laperuta, Raimundo Barrueco, Airton Bomtempo, Edmilson Buratti, Valdir Galego nunca mais tive notícias.... Nossos melhores vizinhos: Dona Jandira e Senhor Sebastião (do Mário Cury) - pai do Marinho e do Betão não encontrei... Ficaram apenas as lembranças. Só lembranças!
Para não voltar pra casa
decepcionado, resolvi percorrer as ruas comerciais procurando pela Bramerex,
Lanchonete Paulista, Lojas Buri, Bazar do Pedrinho, Bandeira Branca, Foto
Kuniyoshi, nada mais existe.
Pode ser que eu volte para
ver e rever outras coisas... Quem sabe assistir, no Ourinhense o imbatível Manchester United da Vila Margarida, ou, o “clássico”
Gazeta x União da Barra Funda, ouvindo, com o radinho colado no ouvido, pela
Rádio Clube de Ourinhos, a narração de Osvaldo Lazarini com reportagens de
Aparecido Leite. Que pena! Descobri que esses gênios também já se foram!
Bons tempos rapaz, bons
tempos!
CANAL 100...bela lembrança João.
ResponderExcluirBons tempos.
Alcir
OPA! deu certo a postagem do comentário.
ResponderExcluirAbraço João Neto....grande mestre das letras.
Alcir
Saí de Ourinhos faz 11 anos moro em Santa Catarina,(Balneario Camboriu) que saudades da nossa cidade querida, estudei também no caló entre 1999 e 2001,morava no jardim das Paineiras estudei no Paschoalick, nao me esqueço das boas lembranças do colegio, vizinhos, amigas de infancia.... adorava ver aquela caixa d'agua grande branca, e na mesma avenida tinha a ferrovia passavam os trens eu era criança adora quando ía na vila margarida e passava pelos trilhos de trem...saudades de mais..... Priscila Borek
ResponderExcluirObrigado por comentar... A caixa d'água era do Corpo de Bombeiros. Realmente um cartão postal!
ExcluirPRISCILA..bom dia,não ha conheço, mas prazer,,marinho mora em itajai,sc, tem umas lojas de colchoes,castor, perto do mercadão do peixe,procure p/ contato..abraços wiliam rogato
ExcluirJOÃO NETO,,vc esqueceu,,tem o mancha, manchester, que existe ate hoje, mas foi meu tempo tbem, tenho 60a, casado com a irmã do marinho e betão, abçs
ResponderExcluirBoa surpresa Willian, te conheço é claro... Casado com a Cristina irmã do Marinho...Sei que jogava no Manchester com a 8... Grande abraço!
ExcluirEu ia muito a Ourinhos nos anos 70, visitava meus tios e meus primos, ia sempre de trem. Saudades daqueles tempos dos trens da FEPASA/RFFSA. Bela crônica, meu amigo.
ResponderExcluirBelas lembranças ,João, vc escreve com a alma
ResponderExcluirA loja do Marinho em Itajai chama Sleepnew exclusiva Castor! o site é www.sleepnew.com.br.
ResponderExcluirBoas lembranças, João. Um abraço, José Carlos
ResponderExcluirGrande abraço mestre... Obrigado por comentar!!!
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