![](http://4.bp.blogspot.com/-v8Y1w_F_RbA/UPq7mnB8e1I/AAAAAAAAAaw/Qy0Wtz5sdNE/s1600/SKOL.jpg)
Nós, dezesseis filhos do
José e da Conceição, não somos diferentes das famílias numerosas; uns gostam do
vermelho, outros do azul! Uns detestam quiabo, outros adoram (eu, por
exemplo).
Assim seguimos nossos
caminhos e cada qual buscou, e continua buscando, a felicidade a seu gosto e a sua
maneira.
Se todos somos felizes? Eu
diria que isso é utopia, porém, afirmo que todos tiveram seus momentos felizes.
Um de meus irmãos morreu,
melancolicamente, de tanto beber. Estreitou de tal maneira o relacionamento com
o álcool que acabou sucumbindo. Destruiu a vida, mas antes disso, passou por
todo aquele processo de decadência, resignação e cinquenta e tantos tombos no
chão. Um dos últimos vexames, desse rapaz, foi na noite em que: embriagado como
sempre, e com fome como nunca, acabou por fritar um bife e comê-lo com
arroz-doce!
Dá pra encarar? Comeu bife
acebolado com arroz-doce! O álcool havia deteriorado seu paladar, além de sua
capacidade comportamental.
Eu não bebo e não gosto de
bebida alguma – mas isso é questão pessoal e, beber socialmente (ter controle
sobre a bebida), que mal tem?
No último réveillon ficamos preocupados com
nossa irmã caçula (caçula com 57 anos é pacabá!). Compramos daquela cerveja da lata grande. A cerveja, como dizem os
cervejeiros estava “estupidamente gelada”, com aquele suor escorrendo na lata –
fiquei com vontade de tomar - até eu!
Minha irmã bebia feito
cavalo com sede e, após deglutir seis ou sete daquelas latas sedutoras, sentou no sofá e
apagou! Não viu os fogos de artifício anunciando o término do ano velho, nem os primeiros apitos de 2013.
Ela não respondia a qualquer chamada ou estímulo, o que nos obrigou a levá-la para o hospital (temíamos por um AVC). O médico que a atendeu, mediu a pressão arterial, verificou pulso e examinou as pálpebras afirmando:
Ela não respondia a qualquer chamada ou estímulo, o que nos obrigou a levá-la para o hospital (temíamos por um AVC). O médico que a atendeu, mediu a pressão arterial, verificou pulso e examinou as pálpebras afirmando:
- Não é AVC não, é bebedeira
mesmo! Nisso ela começou a recobrar a consciência, gungunando algumas frases
desconexas. O médico, atencioso, antes da infusão intravenosa com solução
isotônica de glicose, fez a pergunta de praxe:
- A senhora é diabética?
Ela, com a língua travada e enrolada, respondeu:
- Não senhor, sou cuiabána!
Isso mesmo, cuiabana com acento agudo!
Pois bem, minha irmã, por
você se achar cuiabana nós até perdoamos, mas passar o dia de ano com baby-dol
monocromático (tipo zebrinha) não tem perdão!
E vê se não bebe mais!
E vê se não bebe mais!
Só faltou contar quem foi...rsrs
ResponderExcluirAí perde a graça! kkkk
ExcluirÓtimo! como tudo que vc escreve! Que DEUS conserve essa memoria!
ResponderExcluir