Acredito que os vídeos games
perderam a ternura depois do Nintendo e do Atari.
Ainda que seus cartuchos não
encaixassem direito e seus “joysticks”, volta e meia, quebrassem seus comandos.
Mas que eram uma delícia, isso eram. Verdadeiros, pão com ovo!
Mas que eram uma delícia, isso eram. Verdadeiros, pão com ovo!
Meu preferido era o River
Raid. Quantas noites em claro, com um aviãozinho irado, atravessava rio acima,
dando tiros para todos os lados, tentando escapar dos ataques inimigos.
Não podia atirar, nem
esquecer de encher o tanque, nas janelinhas "fuel", pelo caminho, ou era “game
over” na certa.
Quando estragava o controle
recorríamos ao teclado mesmo: as setas serviam para mover o aviãozinho e a
barra de espaço para atirar.
Não sei se o vídeo game
instalado em casa, hoje, é um Play Station3 ou um Xbox kinect, só sei que
custou caro, muito caro. Tá certo que os gráficos são espetaculares e, basta
fazer movimentos lógicos na frente do vídeo para seguir o jogo, mas, não dá
“tesão”, não dá!
Semana passada, fiquei
observando o João e seus amigos jogarem golfe no dito vídeo game. Achei legal.
No momento em que o jogador atingia aquela grama verdinha, perto do buraco, o
narrador do game (narrador? que chique!) anunciava em tom de missão quase
cumprida:
- “Chegamos ao green”!
Quantas vezes, na vida profissional e pessoal, após
diversas tentativas, com ventos e pessoas a favor, ou contra, chegamos perto dos
nossos objetivos? Feitos os garotos, que jogavam o golfe, ensaiamos um sorriso de dever quase cumprido, quase consumado, faltando apenas capricharmos na
tacada final.
Durante nossa jornada,
haverá ventos, pontes, obstáculos e percalços, muitos percalços.
Se respeitarmos as regras do jogo, certamente, chegaremos à parte
gostosa da vida e, entre coca-colas e hambúrgueres, também, poderemos gritar:
- “Chegamos ao green”!
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