segunda-feira, 14 de outubro de 2013

NUNCA MORRA SÁBADO À NOITE

Nem parece que os portões da primavera foram abertos em vinte e um de setembro... O pulôver, em cima da cama, terá que esperar para ser engavetado... A brisa fria que sopra, e tremula a cortina do quarto, denuncia que o tempo enlouqueceu.

O tempo... Ah o tempo! Passa por nós deixando marcas no rosto e digitais na alma... O tempo que, mesmo em outubro, ainda traz uma insistente aragem gelada que sopra feito o hálito do pulmão do freezer.

O tempo... Ah o tempo! Que nos leva para a inevitável fila do céu, única certeza da vida... O tempo não diz qual nossa senha nem a posição nessa fila... O tempo só nos da um tempo para sermos mais justos, mais humanos e melhores almas!

Já que o tempo ainda está frio e a fila do tempo passa mais rápido que um sopro, necessito pedir aos meus amigos: 

- Não permitam que suas senhas vençam no sábado à noite... A passagem dos meus amigos para o andar de cima tem que ocorrer em grande estilo, em dia de semana... Segunda-feira, terça ou qualquer outra feira, menos sábado à noite... Não quero me entristecer no domingo chorando por vocês... Não posso perder a missa das sete, a macarronada domingueira e o futebol à tarde... Na despedida dos meus amigos é indispensável que se guarde feriado, e feriado no domingo não tem graça!

Talvez minha senha vença antes... Quem poderá dizer o contrário?

Que aproveitemos a vida enquanto não chegar nossa hora... Sejamos justos e felizes não esquecendo, jamais, de trazer Deus dentro do coração!