quinta-feira, 29 de novembro de 2012

FRASES DE JOELMIR BETING!!!


Nem me atrevo a escrever sobre Joelmir Beting! Tenho certeza, me perderei nos adjetivos, portanto, apenas repassarei parte de seus comentários excepcionais:

"A gestão da economia tem apenas dois problemas: quando as políticas fracassam e quando as medidas funcionam."

“Em economia, é fácil explicar o passado. Mais fácil ainda é predizer o futuro. Difícil é entender o presente.”

" O PT é, de fato, um partido interessante. Começou com presos políticos e vai terminar com políticos presos".

“A natureza não se defende; ela se vinga”.

"Deixei de ser jornalista esportivo no dia em que percebi que minha paixão pelo Palmeiras estava interferindo no meu trabalho". 

“Metade da humanidade passa fome. A outra metade faz regime”.

“Não há soluções políticas para problemas econômicos”.

“Modernizar não é sofisticar. Modernizar é simplificar”.

“No Brasil, fomos dopados pela cultura da abundância, irmã siamesa da cultura da ineficiência, da acomodação e da tolerância; responsável pelo nosso atávico desperdício de terra, de água, de mata, de energia, de sossego e de gente”.

“Se não podemos melhorar o que causa a febre, pelo menos temos de melhorar a qualidade do termômetro”.

"Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível!".

“Tenho duas notícias, uma ruim e outra boa. A ruim: ainda não dá para ver a luz no fim do túnel. A boa: ainda temos o túnel”.

“Nunca fiz um gol de placa, mas fiz a placa do gol”.

Pois bem, o gênio se despediu. Além de gols de placa, nos servia de bandeja, doses deliciosas de economia simplificada!

Que pena que o gênio se foi! 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

GAROTAS DE PROGRAMA


Estava procurando um projetor usado para comprar. Resolvi buscar no velho, e bom, classificado do jornal.

Interessante: ainda usam, em profusão, os classificados dos jornais para comércio. Vende-se e compra-se de tudo, desde canários belgas e vibradores, até iates.

Porém, o anúncio que me chamou a atenção dizia o seguinte: “Jully, catarinense, olhos verdes, lindíssima, irresistível, seios fantásticos, bumbum empinadíssimo, corpo escultural, universitária, poliglota, educada, supercarinhosa, completa, com ou sem local. Tenho tantas qualidades que nem sei por que é que virei puta! R$250. Cel.: 9976XXXX”.

A mulher vista como objeto na mais deprimente acepção da palavra! Oferecer seus "dotes" por duzentos e cinquenta reais, e pasmem, com tanta qualidade que qualquer multinacional a contrataria na hora! 

- E você com isso seu babaca? Protestariam alguns.

Nada, absolutamente nada com isso. Mas uma observação a Jully me obriga a fazer:

Qual a diferença entre a Jully e essas/esses jovens turbinados e sarados que se expõem na televisão de manhã, à tarde e à noite?

Nenhuma!!!!!!!!!!!!!

Ou melhor, tem sim – a Jully é honesta, ela se identifica, descreve a atividade e fala o preço.

As prostitutas televisivas, ao contrário, se mostram, insinuam, provocam dentro da nossa sala. Elas/eles expõem seus dotes em BBB’s e Fazendas entre outros currais. Depois estampam as deprimentes capas de revistas masculinas por alguns reais, não esquecendo que levam pais e mães para noite de autógrafos, coquetéis e tudo mais - se julgam celebridades!

A grande culpada, para mim, é a tal Rede Globo. Suas novelas estão recheadas dessas figurinhas apelativas, tentando passar a ideia de que são moderninhas e "tals"!

A última da “grande” emissora da TV brasileira é gastar mais de três milhões de reais oferecendo dieta para um jogador de futebol acabado, que nunca foi um poço de virtudes (os travestis - lembram?). Em contradição, fazem campanha, lê-se Criança Esperança, para arrecadar recursos para obras assistenciais (será?).

Manda esse gorducho trabalhar! 

Só me resta protestar aos berros: - Hei, Globo, vai tomar caju...

Nesse imenso prostíbulo, entre putas e putas, autêntica mesmo só a Jully!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SOMOS O PRÓPRIO AMOR!


A queda estava anunciada! Não bastasse os “erros” de arbitragem em, pelo menos, doze partidas. Num ano em que até recurso ilegal (lê-se televisão), foi usado contra nós. Ainda sofremos com um time inteiro no departamento médico. Sem esquecer da meia dúzia de medíocres que ousaram vestir nosso manto.

Nesse momento em que as lágrimas, frias, criam um nó na garganta e o coração ainda bate descompassado, olho para trás e questiono o porquê desse sofrimento e percebo que aquele que me faz chorar, hoje, já me proporcionou tanto sorriso e tanta alegria que a hora é de pegar a bandeira, vestir a camisa e sair pela cidade para mostrar a cor do meu manto:

Sou do manto verde que herdei de meus avós, italianos;

Sou do manto verde que cobriu meu corpo nos momentos mais felizes;

Sou do manto verde que, um dia, a ignorância da guerra fez mudar de nome, mas não mudou a cor do amor;

Sou do manto verde que aceitou, passivamente, a anulação de um gol feito com a mão, pois nunca, absolutamente nunca foi de nosso feitio, nem caráter, a ilegalidade e relacionamento estreito com arbitragens viciadas e tribunais de justiça questionáveis;

Sou do manto verde com 11 títulos nacionais, conquistas indiscutíveis, nunca alcançadas por ninguém nesse país;

Sou do manto verde, o primeiro time grande a aceitar queda de divisão dando exemplo de moralidade, num país onde as “viradas de mesa” e imoralidade são procedimentos de praxe;

Sou do manto verde, do coração verde, da alma verde!

Vamos para a série B, mas com o orgulho de um palestrino, orgulho de palmeirense, orgulho de Campeão do Século;

Os subalternos dos quais sempre fomos carrascos, hoje debocham, talvez por alívio de não terem que nos encontrar no ano que vem;

Em 2014 voltaremos, no ano do centenário, mais forte do que já somos, pois, somos Palmeiras - somos sinônimo de luta -  somos a dignidade - somos o próprio AMOR!



domingo, 18 de novembro de 2012

E SE VOCÊ MORRESSE AMANHÃ?


Longe de mim querer declinar sobre teoria macabra, lúgubre ou apavorante. Não conheço o tema e, além disso, sou avesso à subculturas que exploram humor negro.

O que este questionamento sugere é uma reflexão sobre minha contabilidade espiritual, afetiva, e um olhar mais profundo sobre meu relacionamento social.

Se eu morresse amanhã a primeira interrogação está relacionada à questões familiares. É da natureza humana uma preocupação excessiva com os filhos. Como estarão sem mim? Conseguirão seguir seus caminhos, voarão com firmeza e buscarão horizontes amenos ou, simplesmente, se aprisionarão num medo dotado de amarras, cadeados e fechaduras?

Se eu morresse amanhã, como ficarão meus amigos e companheiros? Deixarei para eles uma imagem positiva de valores humanos e de companheirismo ou, simplesmente, serei lembrado por questões materiais ou a falta de recursos mais aparentes?

Se eu morresse amanhã terei deixado, pelo menos, uma obra de solidariedade, ajuda ao próximo ou algum legado não monetário?

Se eu morresse amanhã?  Meu egoísmo insiste em não calar e perguntar: - quem ficará com meu carro – quem receberá meu dinheiro – quem se apossará de minhas coisas? Quem?

Todavia tenho certeza que não morrerei amanhã!

E tendo a certeza que não morrerei amanhã, penso que, ainda dá tempo de ajustar os filhos para voos solo, para que possam seguir com firmeza e saber que a vida, às vezes nos surpreende, e temos que estar preparados para segui-la compreendendo seus solavancos e rudeza dos ventos e das tempestades. 

Ainda dá tempo de lembrar aos filhos que, em determinados momentos, é necessário ensaiar voos com gaiola e tudo. Os pais não são eternos e passam pela vida - por nossas vidas!

Ainda dá tempo de cultivar melhores amizades, e mesmo que nossas amizades não sejam as melhores, que sejam melhores enquanto nossas. Que respeitemos nossos amigos, e companheiros, sabendo que cada um tem suas virtudes e seus defeitos. Ainda dá tempo de repensar nossas relações.

Ainda dá tempo de plantar sementes para que outros possam usufruir quando não estivermos mais aqui. Ainda dá tempo de plantar uma árvore, por exemplo!

Ainda dá tempo de esquecer esse “papo” de dinheiro e metais que brilham. Onde quer que estejamos não levaremos um níquel sequer.

Ainda dá tempo, enquanto criaturas de Deus, que somos, de amarmos e sermos felizes!

E se você morresse amanhã?

Está preparado?




sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A PRINCESA E O PEDREIRO


Quanto nessa vida, teremos que sofrer para encontrar a passagem para o paraíso? 

Qual a dimensão do sofrimento que teremos que suportar?

Aquela menina nasceu com um pequeno desvio no pé, nada aparente ou que comprometesse seus passos. Deus decidiu que em seus olhos seria aplicado o mais lindo verde/anil disponível. 

E assim se fez Genoveva: uma linda menina  com olhos de luar.

 Ela cresceu e, seu olhar de princesa, habitava os sonhos da rapaziada, mas, o coração e o amor se abriram para João Benedito da Cruz ou, simplesmente, João!

 Tava aí a primeira provação: se relacionar com um jovem extremamente pobre! Quantas discriminações! Quantos olhares atravessados!

Namoraram, noivaram e se casaram.

 João era tão humilde quanto trabalhador.  Suas mãos construíam edifícios e sua mente construía um castelo de sonhos. Sonhava formar família.

Num distante fim de dia seguiram para São Paulo. 

Trabalhar era preciso e buscar a independência também.

 Além dos calos nas mãos João levava consigo raça e fé, por conta disso, rapidamente empregou-se numa grande indústria metalúrgica.

Começava ali a realização dos sonhos. O primeiro filho, Reinaldo, viria ao mundo no ensolarado verão de 1970.

 Veio então o segundo golpe: João, vítima de acidente de trabalho, perde a vida no chão da fábrica, morreu como morrem os heróis – lutando!

 Sozinha na cidade grande, e sabendo das dificuldades enfrentadas pela família no interior, com a indenização do valente João, compra uma casa e leva pais e irmãos morarem com ela. Esse gesto, além do teto para a família, foi uma demonstração de respeito aos seus consanguíneos. Nos dez anos seguintes, criou o filho Reinaldo além de ter sido o abrigo que todos necessitavam.

 Mas a princesa, agora com pose de rainha, ainda habitava o imaginário dos rapazes. Casou-se com outro ser humano da maior qualidade, Luis Mendes, com quem teve mais três filhos: Luciana, Juliana e Anderson.

Contra a vontade de todos, algum tempo depois, separaram-se!

Veio o terceiro golpe: Suportar o julgamento da família por sua separação!

 Os filhos foram crescendo e cada um lutando com as respectivas dificuldades da vida. E vieram os netos!

 Aquele pequeno desvio no pé, após anos, agravou e tornou-se um problema crônico.

 Quanto aos seus parceiros posteriores é melhor que nada se comente, afinal, penso que nada acrescentaram. Nada que mereça registro ou citação!

 O golpe maior veio com um acidente vascular cerebral, que lhe roubou os sentidos e, cem dias depois, sua vida.

 Sinceramente peço que nos perdoe se a ofendemos, Genoveva! Você, durante anos, foi nosso teto e nosso abrigo.  Espero que o mesmo Deus que a viu sofrer, encaminhe nosso pedido de perdão.

 Obrigado por ter colocado em nossas vidas o Reinaldo, que tal qual seu pai, aquele pedreiro humilde, é exemplo de luta, coragem e perseverança. O adotamos como irmão caçula.

E que você, eternamente, esteja com Deus!



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

JUAREZ SOARES


 Não dá mais! Estou enojado de ouvir tudo que emana da boca dos atuais comentaristas esportivos da televisão.

 Pra quem cresceu ouvindo os comentários dos cinco tenores da crônica esportiva: Luiz Augusto Maltoni, Loureiro Junior, Mauro Pinheiro, Dalmo Pessoa e Juarez Soares, ter que aturar esses semianalfabetos, de hoje, é como ouvir Michel Teló num ouvido acostumado com Ivan Lins, Oswaldo Montenegro e Renato Teixeira! 

 Ocorre que: Maltoni, Loureiro e Mauro Pinheiro já há algum tempo estão comentando futebol no andar de cima.

 Portanto, gênios - ao alcance das mãos - apenas Dalmo e Juarez.

 Juarez Soares, “O China”, conhece o futebol dentro e fora das quatro linhas. Me refiro ao futebol como negócio milionário e, todas as nuances que o tema sugere. Conhece conceitos e fala com empatia quando chamado a intervir.

 Os comentários de Juarez, além do conhecimento e da consciência do que ocorre no jogo, tem um quê de filosofia pós-moderna.

 As metáforas contidas nas suas intervenções é uma marca pessoal e intransferível, além de uma aula de sabedoria.

 Para um jogo igual, morno, amarrado, que entrava em sua parte final, ele vinha com: “Daqui pra frente é que veremos quem tem garrafa vazia pra vender!”.

 Quando um time apresentava altos e baixos, durante a partida, podíamos esperar: “O time oscilou o jogo todo, entre voos de Águia e mergulhos de Martim - pescador!”.

 Quando a arbitragem errava (erro, não roubo!) para os dois lados, soltava outra pérola: “O mesmo pau que bate em Chico bate em Francisco!”.

Quando determinado jogador ficava dias encostado no departamento médico, sem motivo aparente, ele afirmava:  "Fulano deve estar com tiriça!".

Sinto falta de seus comentários e colocações filosóficas, Juarez!

 Em jogos sem emoções, juntamente com o debochado Silvio Luis, animava os espectadores citando desde Casimiro de Abreu, Cassiano Ricardo e Castro Alves até Shakespeare! Ou pensa que não guardo na memória sua declamação:

- “Auriverde pendão de minha terra,
 Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra,
E as promessas divinas da esperança...”

 Me desgosta, joseense Juarez, ouvir os atuais comentaristas afirmando: - “O jogador Fernando corre tanto que parece ter dois pulmões”!

 O bucéfalo, que proferiu essa infâmia, ainda retrucou: - “Só os médicos tem a obrigação de saber quantos pulmões tem os humanos!”

 Socorro, Juarez Soares, precisamos de você, urgentemente! Ou vou continuar assistindo futebol, na tevê, com o volume em “off”, ah vou!