sábado, 29 de novembro de 2014

AI QUE BURRO, DÁ ZERO PRA MIM!

Confesso, a primeira vez que tentei assistir um episódio, do seriado “Chaves”, mudei de canal antes do primeiro intervalo comercial... Qualidade de imagens ruins, péssimo áudio da versão brasileira, os atores fracos demais e o humor muito infantil pro meu gosto. Sem contar que, pra mim, Diógenes de Sinope era, até então, o único capitão da inteligência e do barril.

Depois disso, Chaves, nunca mais...

Ocorre que, por tempos, fui sendo bombardeado, através das redes sociais, com os (perdão pelo trocadilho) chavões do ‘Chaves’: ‘não contavam com minha astúcia’, ‘ninguém tem paciência comigo’, ‘sem querer querendo’ e etc..

Ontem, além do “Black Friday”, jornais, redes sociais, tv’s, noticiários, todos - sem exceção - falaram da morte de Roberto Bolaños fato que me obrigou a pesquisar sua obra e seu legado... Confesso, encontrei uma obra inteligentíssima, uma crítica social sutil, uma inocência sincera e um humor inofensivo e contagiante.

Com meu necessário pedido de desculpas me penitencio e confesso: passei batido – perdi a chance de assistir um mundo suave!

Diante do meu logro só me resta afirmar: Ai que burro, dá zero pra mim!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

SOBRE AS PIZZAS DE ONTEM

Acordei com o firme propósito de escrever sobre o ‘novembro azul’, irmão siamês do ‘outubro rosa’ e inimigo mortal do ‘setembro negro’... Não deu, esbarrei na falta de conhecimento, na minha ignorância íntima e na total aversão aos toques retais... Pô, em pleno terceiro milênio e ninguém apresenta uma alternativa de ressonância magnética ou ultrassom para evitar exame tão constrangedor?!

Voltemos ao novembro, nem tão azul assim... Novembro de namoros desfeitos, de imagens distorcidas, repleto de questionamentos e porquês! O mês de sagitário está mais pra jabulani que pra primavera.

Claro que torcemos para que todos, que nos são caros, vivam felizes, mas... O que entendemos de felicidade alheia se nem sobre a nossa temos total controle?

Decido esquecer novembro, muita interrogação e reticências pro meu gosto.

Já que acordei inspirado, e com fome, abro a Cônsul e encontro três pedaços de pizza da noite passada, aliás, sou louco por pizzas amanhecidas e, soubessem os comerciantes a delícia que é uma “marguerita”, de ontem, com café passado na hora abririam suas pizzarias às sete da manhã – iriam rachar de ganhar dinheiro!!!

Após as pizzas dormidas lembro que não tenho o direito de esperar pela salubridade de dezembro... Apesar de não poder gritar por minha mãe, também não posso, desesperado, ficar lamentando as agruras de novembro... Sou fiel seguidor da felicidade perene, do sorriso constante e das alegrias infinitas... Por conta disso torço para que todos fiquem numa boa e, em vez de lamentações depressivas, aciono os controles e posiciono meus comandos na posição “fly”!



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

QUASE UM SONETO (PARA A MENINA DA ÁGUA)



Ela, menina da água
Presente da fonte e do azul da piscina
Sereia de sonho sem mágoa
A água que banha a menina

Eu, cara da luz
O louco, o fósforo, o acendedor
Trapezista de postes quebrados
Palhaço que sonha o amor

Somos totais diferenças
Dos janeiros à intensidade
Sou breve facho de lua
Ela é a luz da cidade