domingo, 11 de outubro de 2015

DO CINTURÃO DE COURO AO HIDROELEVADOR

Inovações e novas tecnologias - sob este cenário acompanhei, com meus olhos de eletricista, a evolução dos recursos tecnológicos, ferramentais, procedimentos, comunicação e segurança nos últimos 10 anos, na Copel.

Nosso uniforme deixou de ser, apenas, a padronização do “look”... Se tornou EPI, devido sua função antichama.

As escadas, seja singela ou extensível, antes de madeira (ecologicamente incorretas além de pesadas) hoje são confeccionadas em fibra - mais leves, resistentes e seguras.

Os arcaicos cinturões de couro deram lugar aos cintos tipo cadeirinha, usado pelos paraquedistas... Ergonomicamente impecáveis, nos oferece agilidade e segurança.

As pré-históricas “esporas” continuam na ativa, porém, estão com os dias contados, haja vista a comodidade das novas escadas, cinturões, conjunto antiqueda (cinto, trava-quedas, corda de vida, mosquetões, etc..).

Sem contar que estão chegando os novos capacetes, conjugados com proteção facial e auricular.

Varas de manobras antigas, com encaixe de gomos, pesadas e trabalhosas, melhoraram quando viraram VTT’s retráteis – potencializaram o isolamento e diminuíram seu peso.

Alguns dos nossos veículos operacionais possuem câmeras com termosensores, para localizarem “pontos quentes” na nossa rede elétrica.

Nossa frota também se modernizou – as pick-ups top de linha de mercado (Amarok, Hilux  e Ranger) estão compondo nossas atuais ferramentas automotivas... Com condicionadores de ar instalados, o que parece luxo descartável, na verdade, é recurso para diminuir a fadiga... 

Para nós, eletricistas, a grande evolução ferramental veio com os hidroelevadores: seguros, ágeis, perfeitos ergonomicamente, enfim, verdadeiros “pão com ovo”!

Os recursos de comunicação também evoluíram: as “ose’s” anteriormente de papel impresso, desapareceram devido à chegada dos tablet’s e autotrack’s que, autogerenciáveis, são capazes de receber e enviar os trabalhos diários online... Com comunicação via telefonia ou satélite, além de serem dotados de sistema de localização (GPS) que, por sua vez, decretou o fim do pedido de informações a terceiros... Um avanço monumental!

As Normas Regulamentadoras (NR’s), do Ministério do Trabalho, também se adequaram à nova ordem de segurança: trabalho individual no SEP tornou-se proibido, corda de ancoragem acima de 2 metros de altura passou a ser obrigatória, entre outras melhorias.

Os padrões GSST (nossa Bíblia) estão todos normatizados e disponíveis tanto em cartilhas como na versão e-book - disponíveis nos tablet’s citados acima.

Do jeito que caminha a evolução tecnológica na Copel, em questão de minutos estaremos correndo linhas de transmissão com drones telecomandados, localizando defeitos, efetuando reparos, enfim, facilitando a vida de todos.

Infelizmente não ficarei a tempo de fazer inveja à Marty Mcfly e, voando, feito pássaros inoxidáveis isolantes, executar trabalhos nas redes aéreas, com um propulsor pregado às costas... 

Mera questão de tempo, meu rapaz!!!