quinta-feira, 5 de março de 2015

BRINCAMOS DE NUVEM

Convidei minha menina para brincarmos de nuvem, ela aceitou, evaporamos e subimos bem alto.

A menina começou a brincadeira se vestindo de noiva e eu virei um dragão - depois virei cavalo alado e, ela, se transformou em índia, trazendo na testa um lindo e branco canitar - e a obrigatória ausência de vestimentas. 

De mãos dadas desfilamos por todo o céu, nem percebi se era Ortobom ou Castor, mas tinha densidade 33... Brincamos de amarelinha, esconde-esconde e de esconder o sol, pasmem, escondemos o sol!!!

E seguimos brincando... No final da tarde pegamos rabeira num Tupolev... Experiência fantástica - colamos nosso frio no calor que emanava das turbinas do gigante russo...  Foi aí que o bafo evaporou nossas partículas e nos transformou num grande risco branco, acima do horizonte, bem no meio do céu. 

Em outro momento brincamos de multiplicar... Nos metamorfozeamos de novo e alinhamos por todo céu, feito chumaços de algodão flocolizado.

Ao anoitecer percebemos que a escuridão ofuscava nossa beleza, convidamos outras nuvens pra se juntarem a nós e, num grande abraço, escurecemos feito breu - feito a noite, de um modo carrancudo e assustador, em seguida, meteorologicamente, nos precipitamos em forma de chuva.

Minha menina pousar no mar, foi visitar as sereias que comiam big-mac... Eu, já cansado, caí em terra firme e fui regar a terra... Eu queria ajudar na floração dos jardins para que, na próxima primavera, estejam escandalosamente coloridos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário