terça-feira, 23 de abril de 2013

Lição de coragem e retomada da vida


- Este texto recebi da, adorável, Professora Luzia Pereira... Um ser de pura luz, que tive o prazer de reencontrar quarenta e tantos anos após minha reencarnação. Não tenho dúvidas que temos as almas irmãs, e se o mundo insistir em girar, feito ciranda, nos reencontraremos em quantas vidas forem possíveis, em toda eternidade! João Neto

Sabe o João?

Aquele João de olhos vívidos, mas tristes, que encontrei um dia em minha vida profissional. Era um João meio que ninguém à procura de um caminho, não sei se da felicidade ou da profissionalização ou da auto-confiança .

Sabe o que encontrei nele? A garra de viver, a garra de se descobrir, a garra de procurar e, a coragem de um leão no João, mas com tanta garra... Agarra João !!! E João agarrou.

Nada sei de seu passado, mas sei que nasceu entre nós um elo de respeito e de admiração recíproca que não sei de onde saiu: se do coração ou da convivência em busca da sabedoria da vida. Sabe quando um ser bebe dessa fonte: querer aprender mais e mais.

E o João aprendeu e fez suas novas escolhas e já se via que não era mais um menino... Reencontrou-se, recomeçou e hoje temos o Profissional Competente da COPEL, o marido carinhoso da Binha e Pai exemplar.

O João alegre, cronista e funcionário que trabalha com a dignidade de Amar a Vida e de respeitar os irmãos que não tiveram a sua coragem.

Com você, João, aprendi essa lição de um poeta anônimo:

Que sonhar é preciso
e procurar realizar esses sonhos é ainda mais necessário;
Que se deve ser criança a vida toda".
Que nosso ser é livre!!!
Que Deus não proíbe nada em nome do amor;
Que o julgamento alheio não é importante;    
Que o que realmente importa é a paz interior".

domingo, 21 de abril de 2013

GRITO DE “DESINDEPENDÊNCIA”!


Apesar do céu azul e do sol típico “um pra cada um”, a brisa do outono arrastava alguns papéis pelo meio fio e tremulava as bandeirolas do Santander, que ofereciam juros baixos, na revenda de carros da esquina... No mais, a semana foi embaçada... A esposa estava em Curitiba treinando para ensinar a treinar e adquirindo aquela laringite que só Curitiba oferece - e nem Cataflan cura.

A palavra “produtividade” saiu da pauta e deu lugar a “privatização”, que voltou à tona, ameaçando implodir o império... Na verdade foi um alarme falso, resultado de uma briga pelo poder que começa agora - um ano e meio antes da data prevista.

No supermercado dei de cara com as portas fechadas... Falha minha, esqueci que hoje é feriado, de Tiradentes... Nada que pudesse abalar meu humor, afinal, nós que trabalhamos em regime de plantão nunca sabemos quando é dia “útil” e quando é feriado... Na verdade somos úteis o tempo todo, os gráficos e planilhas é que insistem em medir nossa capacidade produtiva, no mais, somos e continuamos felizes!

Outro “chute no saco”, na semana que passou, foi minha cabeça interrogada pelo refrão de uma música “bostaneja”: “Ela é amiga da minha irmã não quero nem saber eu vou pra cima...” Quem compôs essa “obra”?  Juro que não sei... Agora, encarar as amigas das minhas irmãs - só bebendo muito... Mas muito... E eu não bebo “mermão”!

Nesse instante estou ajustando meus telescópios... Logo mais, às 3 da manhã, haverá uma chuva de estrelas cadentes da constelação Lira... Serão vinte explosões por hora... Vai que um meteoro desses cai na cabeça de quem não presta!

A dica é aproveitar o feriado de Tiradentes para protestar... Esquecemos que os inconfidentes morreram protestando contra o “quinto” (exatos 20%) de impostos devidos, e nós, passíveis, estamos aceitando que nos esfolem em 43% do que produzimos... Sinais de uma sociedade que aceitou o cabresto - e faz tempo!

Estarei rodando, na próxima semana, um abaixo-assinado pedindo a volta do Brasil para as mãos dos portugueses (seria a “desindependência”)... Vinte por cento de impostos, para mim, é mais do que justo... 

O Tiradentes que me perdoe!


quarta-feira, 17 de abril de 2013

ELVIS NÃO MORREU!


Existe certo sensacionalismo quando o assunto é Elvis Presley... Não se discute o talento ou o mito, discutem demasiadamente sua “ressurreição”. 

Insistem em enquadrá-lo no grupo da “volta dos que não foram”, e por aí afora.

Alguns afirmam que Elvis foi embora de Memphis, simulando sua morte, para viver em Buenos Aires. 

Outro dia alguém disse que Elvis era um senhor grisalho que trabalhava como encarregado numa empreiteira da CPFL.

Outro mentiroso jurava e apostava que Elvis virou eremita e vivia num ranchinho perdido, na Mata Atlântica, em Santa Catarina.

Já o viram arando terras em Canitar, engolindo fogo num circo mambembe, jogando truco no Bar do Cadiô, na Vila Perino em Ourinhos, e, a afirmação mais espalhafatosa: Elvis fora abduzido por uma nave alienígena numa de suas turnês no Hawaí! 

Pessoal! Elvis Aaron Presley morreu em 16 de agosto de 1977 e pronto!

O que vive é sua obra fascinante, magnífica, rica...

Voz inigualável... O nome Elvis Presley rende, até hoje, mais de 50 milhões de dólares por ano. Artista com a maior população de “covers” de todos os tempos!

Sim, o nome Elvis Presley é imortal, assim como sua obra.

Um dos precursores do rock, Elvis,  era um artista à frente de sua época: talentoso, brilhante e inovador... Veio pra acabar com a mesmice musical do final dos anos 50.

Artista quase unânime, vaidoso e sistemático, só não conseguiu dominar seus próprios demônios. Dotado de gênio forte e de difícil relacionamento acabou por mergulhar nas anfetaminas que o destruíram... Posto o homem, nasce a lenda: Elvis Presley!

Fica o link daquela que julgo a melhor interpretação do mito: http://www.youtube.com/watch?v=oKpKHkDvveA



sábado, 6 de abril de 2013

CABELO BRANCO INTENSO!


Procurei no Google e a única referência, disponível, sobre o número 53 é do filme “Se meu fusca falasse”, número de um fusquinha simpático, Herbie, o personagem principal. Consultei um apontador de jogo do bicho ele afirmou que a dezena 53 pertence ao gato. A edição 53 da revista Playboy foi lançada em 1979 e traz Raquel Welch na capa. 

No mais o 53 é um número sem nenhum glamour, não é múltiplo de nada... Quase um zero à esquerda.

Onde estou querendo chegar? Bem, na verdade, no próximo dia 23 de abril completo 53 anos! Cinquenta e três primaveras... Estou apavorado! Não que a vida não tenha valido a pena, muito pelo contrário, mas a sociedade de uma maneira geral, estigmatizou os cinquentões!

Miram o resto de cabelo (brancos) e sugerem a aplicação de Wellaton (preto intenso)... Indicam cremes milagrosos para as inevitáveis rugas... Lembram que existe no mercado, afrodisíacos milagrosos e comprimidos azuis esperança... A todo instante, por pura maldade, nos lembram da idade, como quem empurra alguém do vigésimo andar.

Pois bem seus “manés”! Não preciso de nada disso, ainda tenho energia pra subir em poste de 12 metros, entre outras estruturas, e na última sexta-feira cravei 9,86s nos 100 metros que percorri, tá certo que foi de carro, mas serve para ilustrar!

Eu que já fui jovem e novo, para os desavisados, hoje sou antigo. Como estou juntando documentos para aposentadoria (CTPS, PPP’s, contratos de trabalhos, periculosidade e insalubridade) me encaram como quem está indo para a guilhotina. Nem perceberam que, nos últimos oito anos, meu nome sempre esteve entre os três mais produtivos. Não perceberam que nesses oito anos jamais me afastei do trabalho por doença (a saúde invejável é presente de Deus!). 

Falando em saúde as sessões diárias de sexo são as culpadas pelos olhos fundos. Não afirmo que sempre fui o primeiro a chegar, mas bater ponto atrasado, jamais... Se apertarem a tecla “back” perceberão a minha prontidão colaborativa!

Portanto, seus “cornetas”, por ter que concretizar alguns projetos necessários, devo permanecer com vocês por mais dois ou três anos, aproveitem, não cobro nada por ser participativo!

Querem ver gente “sarada”? Vá assitir o BBB!

Quer saber? Vou deixar que tripudiem minha data de nascimento, afinal, gato que dorme em olaria não tem medo de tijolada!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

AS INTERMINÁVEIS BATALHAS DOS MENINOS DA VILA PERINO


Eu, sinceramente, acreditava que os vizinhos, da Vila Perino, tinham a vida mais tranquila que a nossa.

Puro engano... Ontem, quase quarenta anos depois, conversando com Doum Miranda, o vizinho da casa da direita, descobri outras verdades... 

Ele confidenciou as dificuldades dos Miranda: a mesma mesa escassa, as contas pagas em atraso, além de seus dramas familiares.

Que nada! Quantas batalhas intermináveis!

E viajamos no tempo... Lembramos que nós mesmos construíamos nossos brinquedos... Que o cabo de vassoura foi o cavalinho que vimos em alguma vitrine... Lembramos que nosso telefone nada mais era que duas latas de massa de tomate com um barbante amarrado no fundo, na verdade, ele servia como condutor de voz... Lembramos que nosso brinquedo mais “irado” era o carrinho de rolimã - uma tábua e uma ripa feito “barra de direção”, duas rolimãs grandes na frente e duas menores atrás – era só respirar fundo, se encher de coragem e descer a rua Dom José Marello ladeira abaixo... Ah, o freio era o calcanhar mesmo!

O único brinquedo que nosso dinheiro, às vezes, podia comprar era a tal “caixinha de sorte” que comprávamos no 'Seu' Loredo, o pipoqueiro... Algo em torno de cinquenta centavos... Do tamanho de uma caixa de fósforos ela continha uma surpresa, sem nenhum valor real, mas tínhamos a ilusão de que dentro dela havia um tesouro...

Mais crescidos as batalhas se restringiram ao futebol... Nas 'peladas' contra os times da Vila Kennedy ou Vila Marcante onde, invariavelmente, os combates acabam em briga generalizada!

Assim crescemos, domando a vida feito um cavalo de pau, tentando ser feliz na velocidade de um carrinho de rolimãs, e acreditando que essa mesma vida carregava dentro de si os tesouros que tanto buscávamos.

Saímos para o mundo e, além de fazer desse mundo nossa casa, conquistá-lo tornou nossa razão de viver. Muitas e grandes vitórias conseguimos... 

Derrotas? Claro que tivemos... Mas serviram para lembrar que somos guerreiros de almas fortes, quase sempre, imbatíveis!

Acredito que vencemos!

Mas as batalhas serão eternas!