sábado, 29 de dezembro de 2012

QUEM INVENTOU O AVIÃO?


Santos Dumont ou irmãos Orville e Wilbur Wright?

Esse questionamento atravessou as últimas dez décadas.

Nacionalismo à parte - sou mais o Alberto! Se porventura ratificarem os americanos como inventores do avião, Santos Dumont ainda poderá ostentar o título de inventor do relógio de pulso...mas ficará um gosto amargo, de vice-campeonato, na boca!

E não me venham, novamente, os americanos dizendo que um yankee foi flagrado na Disneylândia, três meses antes da invenção de Santos Dumont, exibindo, no pulso esquerdo, um Rolex “made in Hong Kong” cravejado com diamantes paraguaios! Aí eu entro com recurso no STF, entrego nas mãos do Ministro Joaquim Barbosa, podem apostar!

Patentes à parte - essa vontade de voar remonta desde os primeiros homo sapiens. A inveja dos pássaros fez com que muitos tentassem conquistar os céus. Leonardo da Vinci, em 1500, já esboçava alguns rascunhos voadores. 

Tenho certeza que muita gente se esborrachou no chão com asas moldadas em zinco, penas, folha de bananeira, etc. Os primeiros homens pássaros são o que poderíamos chamar de: "100% vida-loka"! 

A mitologia insistiu em seres alados, aos montes, e no cinema até elefante voou.

O sonho de voar, faz com que, diariamente, milhares de crianças saiam às ruas, suspendam suas pipas e viagem pelos céus.

Penso que chegará um tempo em que bastará um par de asas, de material ultra sintético, abotoadas feito uma mochila, e um click no botão “on” para sairmos voando por aí...

Esse é o sonho de Ícaro, esse é o sonho de todos nós!

sábado, 22 de dezembro de 2012

ERAM OS MAIAS CORINTIANOS?


Fazendo um paralelo entre o livro, “Eram os Deuses Astronautas?”, do suíço Erich Von Däniken e o suposto fim do mundo, profetizado pelos Maias, resta-nos lamentar a maneira como os meios de comunicação amplificam as anunciações do “fim dos tempos”.

Enquanto o escritor suíço faz uma correlação, até certo ponto aceitável, da incapacidade das antigas civilizações em construir os grandes monumentos, afirmando que tais obras só poderiam ter sido arquitetadas e construídas por deuses ou seres espaciais; os “Maias”, mesmo analfabetos, esboçaram um calendário cronológico que, por absoluta falta de tinta na HP, foi impresso até 21 de dezembro de 2012.

Até aí tudo bem!

Mas, até quando suportaremos essa exploração inaceitável do apocalipse? Os meios de comunicação e, principalmente, os “gênios” hollywoodianos que, com seus mega-hiper-super efeitos especiais nos enfiaram, goela abaixo: “Apocalipse Now”, “2012”, “O dia depois de amanhã”, “O dia em que a terra parou”, “Independence Day”, Armagedon... entre outros besteiróis! Até quando suportaremos?

Não vou, sinceramente, não vou relacionar as datas que foram profetizadas como “fim do mundo”! Essa, dos Maias, é apenas mais uma entre centenas de previsões que viriam e, ainda estão por vir. 

Apenas lembrando que, a previsão dos Maias, surgiu em meio a uma pajelança, regada à cachaça misturada com creolina e, cachimbos carregados com todas as ervas disponíveis na América Central, inclusive cipó de Santo Daime e maconha com data de validade vencida.

Informo-lhes que, hoje, dia 22 de dezembro de 2012, o sol nasceu exuberante aqui em Santo Antônio da Platina - não chegamos ao fim do mundo!

Nada de cometas pirofóricos, nada de explosões colossais, nada de gigantescos tsunamis, nada de inversão de polaridade da Terra – nada, absolutamente nada!

Inacreditável apenas o título mundial do Corinthians! Mesmo assim o mundo não acabou!

Estamos falando pouco de Deus, estamos rezando pouco!

Eu fico com a pureza da afirmação do Raulzito: “Amanhã é domingo - missa, praia e céu de anil”!

Chuuuuuupa Maias!!!!!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

MORANDO NO EXTERIOR


Um leitor da Nova Zelândia entrou no meu blog e escreveu o seguinte comentário:

"- João Neto, adoro ler suas crônicas, peço que não fique muitos dias sem escrever, lendo-o sufoco minha saudade do Brasil; suas crônicas levam um pouco da minha história”.

Pois bem, caro Humberto, quando terminei o serviço militar obrigatório, em 1979, recebi convite para trabalhar no Iraque, Construtora Mendes Júnior, especificamente em Bagdá.

Apesar da possibilidade de rendimentos 30 vezes maior do que eu recebia, trabalhando de serralheiro, no Brasil tenho que confessar, Humberto: Os petrodólares da antiga Mesopotâmia não me seduziram.

É evidente que, quando saímos do país, além de novos horizontes e dinheiro,  saímos mesmo é em busca da felicidade.

Hoje, lendo seu depoimento, fiquei um tanto entristecido quando afirmou que sentia falta do arroz com feijão da sua mãe, dos amigos de futebol, de pescar lambaris na represa de Chavantes, do seu Corinthians e saudade de Ourinhos. Acho que você exagerou quando disse que tinha saudades, até, do som do carro da pamonha (pamonhas, pamonhas, pamonhas!) e do Jornal Nacional.

Portanto, sou obrigado a alertá-lo que:

- Acredite se disserem que o Brasil continua lindo e o sol continua morando por aqui;

- Se tecerem elogios a políticos brasileiros, é mentira;

- Se disserem que o Brasil é o país da corrupção, é uma verdade absoluta!;

- Se contarem que, seu Corinthians conquistou a América e o Mundial do Japão, sem roubos, acredite em parte;

- Se perguntarem se Buenos Aires é nossa capital, mande pra pqp;

Apesar do lindo sol do Brasil, tudo que assistimos, ao Sul da linha do Equador, é dose pra elefante!

Veja o que estaria desfilando à frente dos seus olhos: axé music, Faustão, sertanejo universitário, Gugu, Ricardo Teixeira, funk, mensalão e petrolão, R.R. Soares, Luciana Gimenez, livros de auto-ajuda, Ivete Sangalo, camaro amarelo, Silas Malafaia, Datena, Michel Teló, Andréz Sanches, Lula, big mac,  vaiii Corinthians (afff!), Luan Santana, Valdemiro Santiago, calendário Maia, Marcos Valério, entre outros lixos!

Não dá pra aguentar Humberto, sugiro que continue curtindo o frio de Auckland.

Fique tranquilo - vez em quando mando notícias!
  



sábado, 15 de dezembro de 2012

AMOR, INCONDICIONAL AMOR!


Passava das duas da manhã quando toca meu celular informando falta de luz no Velório Municipal. Liguei para o meu parceiro e seguimos atender a reclamação.

Ao chegar notamos apenas o vigilante nos aguardando. Ele pediu desculpas por ter ligado, mas justificou, dizendo que um corpo estava sendo velado na sala um.

Estranhamos pois não vimos ninguém, além do vigilante e da escuridão. 

Restabelecemos a energia e percebemos uma senhora de meia idade, melancolicamente solitária naquela penumbra, com o corpo estático ao lado de um humilde caixão.

Entre lágrimas, ela, suavemente, passava a mão na testa do defunto e murmurava:

- Meu filho, por que fizeram isso com você?

Naquela sala, além da mulher e do seu filho morto, como testemunha, apenas Cristo crucificado, num pedestal de ferro niquelado, sem flores nem ornatos à luz de preguiçosas velas.

Lembrei que no dia anterior, um jovem havia sido assassinado por traficantes, a golpes de facão, na última rua da Vila São Luis.

O guarda ainda classificou o adolescente como “tranqueira”; sem deixar de exclamar:

- Foi uma limpeza, esse não dará trabalho para mais ninguém!

Tenho certeza que essa mulher jamais pensou em ter filho bandido; ainda que tenha falhado na sua educação, mas isso não vem ao caso. As lágrimas que agora vertem é o retrato do amor que classifico como: incondicional!

Diante da morte de um filho qualquer mãe chora, mesmo que seja um amor bandido. Esse foi o filho que ela conseguiu criar e amar.

Como qualquer mãe ela também acordou várias madrugadas para fazer mamadeira para o filho. Tenho certeza que ela correu para o médico quando o termômetro passou dos 38 graus. Acredito que ela, também, guardava uma caixinha com remédios para eventualidades.

Não duvide que, em noites de inverno, ela foi ao quarto do menino para cobri-lo. Ela, como todas as mães, também pulou de alegria quando o filho engatinhou e andou pela primeira vez e, pela primeira vez, pronunciou “mãeeeee”!

Nesse drama todo, só não me perguntem do pai, sinceramente não sei!

Jamais duvide do amor de uma mãe! As mães são presentes de Deus!


sábado, 8 de dezembro de 2012

O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA...


Semana passada entramos numa de relembrar coisas que, de certa forma, marcaram nossa adolescência e juventude. 

Devido à diferença de idade, é evidente que as preferências não foram unânimes, nem tampouco houve consenso naquilo que cada um vivenciou.

A discussão começou em torno do “Kichute”, um calçado meio tênis meio chuteira, da Alpargatas, além do "M2000"... Seguimos o debate discutindo: Caçadores da Arca Perdida, ET, RPM, Menudos, Tiazinha, Feiticeira e Dany Bananinha.

Os mais jovens comentaram Mário Bros, River Raid e Duke Nukem, entre outros games. No auge da discussão ressuscitaram o Macgyver, um "jumento" metido a cientista, que com apenas um palito de fósforo e um papel de bala mandava uma cidade inteira pelos ares. Falaram, ainda, do tempo em que a Simony era “bonitinha” e a Xuxa era gostosa...rárárá  agora o “papo” ficou sério!

Eu, o mais velho, não – não – não, velho não: experiente! Fui “zoado” quando afirmei que havia usado calça “boca de sino”, sapato plataforma e camisa “volta ao mundo”. O Ivan me salvou quando citei o Alborghetti , que hoje, aparece nas vinhetas (isso é coisa do capeta!!!) do programa “Pânico na TV”.

Eu nem quis comentar que a Matilde Mastrangi (ah, a Matilde Mastrangi!) foi, durante anos, a musa dos meus banhos demorados - eles não iam saber de quem eu estava falando mesmo! 

Resolvi ficar quietinho no meu canto, afinal, na condição de último discípulo de Bob Dylan jamais conseguiria explicar a delícia que era tubaína e pão com mortadela, justamente para esses clientes da coca-cola, dos hambúrgueres americanos e fãs do Luan Santana?

No dia seguinte o Ivan postou no meu “face”: - “O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa – du du du du...”

Ivan, se prepara, no próximo treinamento a gente continua a conversa...


sábado, 1 de dezembro de 2012

O FIM DO MUNDO É PARA OS FRACOS


Essa estória de fim do mundo já encheu o saco... Esse é o motivo pelo qual acordei nessa manhã com uma imensa vontade de atirar pedras nesses urubus.

E que se fodam os “Maias”, responsáveis por essa asneira. Na verdade era um bando de índios pré-colombianos, com capacidade limitada, cuja civilização entrou em colapso faz tempo. A meia dúzia que restou está enchendo a cara com cachaça nos botecos da Guatemala.

Estamos em dezembro, mês em que os canais de TV e internet aumentarão os espaços falando dessa babaquice.

Pessoas desequilibradas que ficam se preparando para sobreviver, armazenando alimentos e comprando armas. Outras tantas se preparando para morrer... Dizem que o preço dos silos desativados de mísseis nucleares disparou...

Só quero ver a cara de tacho desses babacas no dia 22 de dezembro.

Só Deus, e tão somente Deus, sabe o dia do fim, se houver!

As indecisas e imprecisas não sabem se iniciam regime para morrerem mais magras ou se enchem o pandu com big mac’s e chocolates Nestlé, para morrerem felizes.

E tratem de pagar em dia essa pilha de carnês de prestações aí. O SPC está só esperando para enfiar os nomes dos trouxas na lista negra. Não entrem nessa de fim dos tempos.

Está na hora de acordarmos!  Profecias “furadas” até eu, que sou mais trouxa, faço!

Outro dia li o comentário da Claudia Marin que disse o seguinte:

- “Mais uma conquista! Hoje Mateus fez um exame que constatou que ele não faz mais aspiração!  Juro...não sabia onde por tanta felicidade. Então pensei em dividir com amigos e especialmente com minha família! A alegria é tanta que transborda. Saber que meu filho vai beber água sem espessante e comer arroz e feijão brevemente, é muita alegria...”.

Confesso: Eu e a Flávia, mesmo distantes, comemoramos com alardeados sorrisos essa vitória da Claudia, do Rafael e do Mateus...uhhhhhuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!!!!

Fica a lição da Claudia que quer a eternidade, na sua plenitude, para poder cuidar e amar seu anjo especial!

O fim do mundo é para os fracos!!!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

FRASES DE JOELMIR BETING!!!


Nem me atrevo a escrever sobre Joelmir Beting! Tenho certeza, me perderei nos adjetivos, portanto, apenas repassarei parte de seus comentários excepcionais:

"A gestão da economia tem apenas dois problemas: quando as políticas fracassam e quando as medidas funcionam."

“Em economia, é fácil explicar o passado. Mais fácil ainda é predizer o futuro. Difícil é entender o presente.”

" O PT é, de fato, um partido interessante. Começou com presos políticos e vai terminar com políticos presos".

“A natureza não se defende; ela se vinga”.

"Deixei de ser jornalista esportivo no dia em que percebi que minha paixão pelo Palmeiras estava interferindo no meu trabalho". 

“Metade da humanidade passa fome. A outra metade faz regime”.

“Não há soluções políticas para problemas econômicos”.

“Modernizar não é sofisticar. Modernizar é simplificar”.

“No Brasil, fomos dopados pela cultura da abundância, irmã siamesa da cultura da ineficiência, da acomodação e da tolerância; responsável pelo nosso atávico desperdício de terra, de água, de mata, de energia, de sossego e de gente”.

“Se não podemos melhorar o que causa a febre, pelo menos temos de melhorar a qualidade do termômetro”.

"Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível!".

“Tenho duas notícias, uma ruim e outra boa. A ruim: ainda não dá para ver a luz no fim do túnel. A boa: ainda temos o túnel”.

“Nunca fiz um gol de placa, mas fiz a placa do gol”.

Pois bem, o gênio se despediu. Além de gols de placa, nos servia de bandeja, doses deliciosas de economia simplificada!

Que pena que o gênio se foi! 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

GAROTAS DE PROGRAMA


Estava procurando um projetor usado para comprar. Resolvi buscar no velho, e bom, classificado do jornal.

Interessante: ainda usam, em profusão, os classificados dos jornais para comércio. Vende-se e compra-se de tudo, desde canários belgas e vibradores, até iates.

Porém, o anúncio que me chamou a atenção dizia o seguinte: “Jully, catarinense, olhos verdes, lindíssima, irresistível, seios fantásticos, bumbum empinadíssimo, corpo escultural, universitária, poliglota, educada, supercarinhosa, completa, com ou sem local. Tenho tantas qualidades que nem sei por que é que virei puta! R$250. Cel.: 9976XXXX”.

A mulher vista como objeto na mais deprimente acepção da palavra! Oferecer seus "dotes" por duzentos e cinquenta reais, e pasmem, com tanta qualidade que qualquer multinacional a contrataria na hora! 

- E você com isso seu babaca? Protestariam alguns.

Nada, absolutamente nada com isso. Mas uma observação a Jully me obriga a fazer:

Qual a diferença entre a Jully e essas/esses jovens turbinados e sarados que se expõem na televisão de manhã, à tarde e à noite?

Nenhuma!!!!!!!!!!!!!

Ou melhor, tem sim – a Jully é honesta, ela se identifica, descreve a atividade e fala o preço.

As prostitutas televisivas, ao contrário, se mostram, insinuam, provocam dentro da nossa sala. Elas/eles expõem seus dotes em BBB’s e Fazendas entre outros currais. Depois estampam as deprimentes capas de revistas masculinas por alguns reais, não esquecendo que levam pais e mães para noite de autógrafos, coquetéis e tudo mais - se julgam celebridades!

A grande culpada, para mim, é a tal Rede Globo. Suas novelas estão recheadas dessas figurinhas apelativas, tentando passar a ideia de que são moderninhas e "tals"!

A última da “grande” emissora da TV brasileira é gastar mais de três milhões de reais oferecendo dieta para um jogador de futebol acabado, que nunca foi um poço de virtudes (os travestis - lembram?). Em contradição, fazem campanha, lê-se Criança Esperança, para arrecadar recursos para obras assistenciais (será?).

Manda esse gorducho trabalhar! 

Só me resta protestar aos berros: - Hei, Globo, vai tomar caju...

Nesse imenso prostíbulo, entre putas e putas, autêntica mesmo só a Jully!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SOMOS O PRÓPRIO AMOR!


A queda estava anunciada! Não bastasse os “erros” de arbitragem em, pelo menos, doze partidas. Num ano em que até recurso ilegal (lê-se televisão), foi usado contra nós. Ainda sofremos com um time inteiro no departamento médico. Sem esquecer da meia dúzia de medíocres que ousaram vestir nosso manto.

Nesse momento em que as lágrimas, frias, criam um nó na garganta e o coração ainda bate descompassado, olho para trás e questiono o porquê desse sofrimento e percebo que aquele que me faz chorar, hoje, já me proporcionou tanto sorriso e tanta alegria que a hora é de pegar a bandeira, vestir a camisa e sair pela cidade para mostrar a cor do meu manto:

Sou do manto verde que herdei de meus avós, italianos;

Sou do manto verde que cobriu meu corpo nos momentos mais felizes;

Sou do manto verde que, um dia, a ignorância da guerra fez mudar de nome, mas não mudou a cor do amor;

Sou do manto verde que aceitou, passivamente, a anulação de um gol feito com a mão, pois nunca, absolutamente nunca foi de nosso feitio, nem caráter, a ilegalidade e relacionamento estreito com arbitragens viciadas e tribunais de justiça questionáveis;

Sou do manto verde com 11 títulos nacionais, conquistas indiscutíveis, nunca alcançadas por ninguém nesse país;

Sou do manto verde, o primeiro time grande a aceitar queda de divisão dando exemplo de moralidade, num país onde as “viradas de mesa” e imoralidade são procedimentos de praxe;

Sou do manto verde, do coração verde, da alma verde!

Vamos para a série B, mas com o orgulho de um palestrino, orgulho de palmeirense, orgulho de Campeão do Século;

Os subalternos dos quais sempre fomos carrascos, hoje debocham, talvez por alívio de não terem que nos encontrar no ano que vem;

Em 2014 voltaremos, no ano do centenário, mais forte do que já somos, pois, somos Palmeiras - somos sinônimo de luta -  somos a dignidade - somos o próprio AMOR!



domingo, 18 de novembro de 2012

E SE VOCÊ MORRESSE AMANHÃ?


Longe de mim querer declinar sobre teoria macabra, lúgubre ou apavorante. Não conheço o tema e, além disso, sou avesso à subculturas que exploram humor negro.

O que este questionamento sugere é uma reflexão sobre minha contabilidade espiritual, afetiva, e um olhar mais profundo sobre meu relacionamento social.

Se eu morresse amanhã a primeira interrogação está relacionada à questões familiares. É da natureza humana uma preocupação excessiva com os filhos. Como estarão sem mim? Conseguirão seguir seus caminhos, voarão com firmeza e buscarão horizontes amenos ou, simplesmente, se aprisionarão num medo dotado de amarras, cadeados e fechaduras?

Se eu morresse amanhã, como ficarão meus amigos e companheiros? Deixarei para eles uma imagem positiva de valores humanos e de companheirismo ou, simplesmente, serei lembrado por questões materiais ou a falta de recursos mais aparentes?

Se eu morresse amanhã terei deixado, pelo menos, uma obra de solidariedade, ajuda ao próximo ou algum legado não monetário?

Se eu morresse amanhã?  Meu egoísmo insiste em não calar e perguntar: - quem ficará com meu carro – quem receberá meu dinheiro – quem se apossará de minhas coisas? Quem?

Todavia tenho certeza que não morrerei amanhã!

E tendo a certeza que não morrerei amanhã, penso que, ainda dá tempo de ajustar os filhos para voos solo, para que possam seguir com firmeza e saber que a vida, às vezes nos surpreende, e temos que estar preparados para segui-la compreendendo seus solavancos e rudeza dos ventos e das tempestades. 

Ainda dá tempo de lembrar aos filhos que, em determinados momentos, é necessário ensaiar voos com gaiola e tudo. Os pais não são eternos e passam pela vida - por nossas vidas!

Ainda dá tempo de cultivar melhores amizades, e mesmo que nossas amizades não sejam as melhores, que sejam melhores enquanto nossas. Que respeitemos nossos amigos, e companheiros, sabendo que cada um tem suas virtudes e seus defeitos. Ainda dá tempo de repensar nossas relações.

Ainda dá tempo de plantar sementes para que outros possam usufruir quando não estivermos mais aqui. Ainda dá tempo de plantar uma árvore, por exemplo!

Ainda dá tempo de esquecer esse “papo” de dinheiro e metais que brilham. Onde quer que estejamos não levaremos um níquel sequer.

Ainda dá tempo, enquanto criaturas de Deus, que somos, de amarmos e sermos felizes!

E se você morresse amanhã?

Está preparado?




sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A PRINCESA E O PEDREIRO


Quanto nessa vida, teremos que sofrer para encontrar a passagem para o paraíso? 

Qual a dimensão do sofrimento que teremos que suportar?

Aquela menina nasceu com um pequeno desvio no pé, nada aparente ou que comprometesse seus passos. Deus decidiu que em seus olhos seria aplicado o mais lindo verde/anil disponível. 

E assim se fez Genoveva: uma linda menina  com olhos de luar.

 Ela cresceu e, seu olhar de princesa, habitava os sonhos da rapaziada, mas, o coração e o amor se abriram para João Benedito da Cruz ou, simplesmente, João!

 Tava aí a primeira provação: se relacionar com um jovem extremamente pobre! Quantas discriminações! Quantos olhares atravessados!

Namoraram, noivaram e se casaram.

 João era tão humilde quanto trabalhador.  Suas mãos construíam edifícios e sua mente construía um castelo de sonhos. Sonhava formar família.

Num distante fim de dia seguiram para São Paulo. 

Trabalhar era preciso e buscar a independência também.

 Além dos calos nas mãos João levava consigo raça e fé, por conta disso, rapidamente empregou-se numa grande indústria metalúrgica.

Começava ali a realização dos sonhos. O primeiro filho, Reinaldo, viria ao mundo no ensolarado verão de 1970.

 Veio então o segundo golpe: João, vítima de acidente de trabalho, perde a vida no chão da fábrica, morreu como morrem os heróis – lutando!

 Sozinha na cidade grande, e sabendo das dificuldades enfrentadas pela família no interior, com a indenização do valente João, compra uma casa e leva pais e irmãos morarem com ela. Esse gesto, além do teto para a família, foi uma demonstração de respeito aos seus consanguíneos. Nos dez anos seguintes, criou o filho Reinaldo além de ter sido o abrigo que todos necessitavam.

 Mas a princesa, agora com pose de rainha, ainda habitava o imaginário dos rapazes. Casou-se com outro ser humano da maior qualidade, Luis Mendes, com quem teve mais três filhos: Luciana, Juliana e Anderson.

Contra a vontade de todos, algum tempo depois, separaram-se!

Veio o terceiro golpe: Suportar o julgamento da família por sua separação!

 Os filhos foram crescendo e cada um lutando com as respectivas dificuldades da vida. E vieram os netos!

 Aquele pequeno desvio no pé, após anos, agravou e tornou-se um problema crônico.

 Quanto aos seus parceiros posteriores é melhor que nada se comente, afinal, penso que nada acrescentaram. Nada que mereça registro ou citação!

 O golpe maior veio com um acidente vascular cerebral, que lhe roubou os sentidos e, cem dias depois, sua vida.

 Sinceramente peço que nos perdoe se a ofendemos, Genoveva! Você, durante anos, foi nosso teto e nosso abrigo.  Espero que o mesmo Deus que a viu sofrer, encaminhe nosso pedido de perdão.

 Obrigado por ter colocado em nossas vidas o Reinaldo, que tal qual seu pai, aquele pedreiro humilde, é exemplo de luta, coragem e perseverança. O adotamos como irmão caçula.

E que você, eternamente, esteja com Deus!



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

JUAREZ SOARES


 Não dá mais! Estou enojado de ouvir tudo que emana da boca dos atuais comentaristas esportivos da televisão.

 Pra quem cresceu ouvindo os comentários dos cinco tenores da crônica esportiva: Luiz Augusto Maltoni, Loureiro Junior, Mauro Pinheiro, Dalmo Pessoa e Juarez Soares, ter que aturar esses semianalfabetos, de hoje, é como ouvir Michel Teló num ouvido acostumado com Ivan Lins, Oswaldo Montenegro e Renato Teixeira! 

 Ocorre que: Maltoni, Loureiro e Mauro Pinheiro já há algum tempo estão comentando futebol no andar de cima.

 Portanto, gênios - ao alcance das mãos - apenas Dalmo e Juarez.

 Juarez Soares, “O China”, conhece o futebol dentro e fora das quatro linhas. Me refiro ao futebol como negócio milionário e, todas as nuances que o tema sugere. Conhece conceitos e fala com empatia quando chamado a intervir.

 Os comentários de Juarez, além do conhecimento e da consciência do que ocorre no jogo, tem um quê de filosofia pós-moderna.

 As metáforas contidas nas suas intervenções é uma marca pessoal e intransferível, além de uma aula de sabedoria.

 Para um jogo igual, morno, amarrado, que entrava em sua parte final, ele vinha com: “Daqui pra frente é que veremos quem tem garrafa vazia pra vender!”.

 Quando um time apresentava altos e baixos, durante a partida, podíamos esperar: “O time oscilou o jogo todo, entre voos de Águia e mergulhos de Martim - pescador!”.

 Quando a arbitragem errava (erro, não roubo!) para os dois lados, soltava outra pérola: “O mesmo pau que bate em Chico bate em Francisco!”.

Quando determinado jogador ficava dias encostado no departamento médico, sem motivo aparente, ele afirmava:  "Fulano deve estar com tiriça!".

Sinto falta de seus comentários e colocações filosóficas, Juarez!

 Em jogos sem emoções, juntamente com o debochado Silvio Luis, animava os espectadores citando desde Casimiro de Abreu, Cassiano Ricardo e Castro Alves até Shakespeare! Ou pensa que não guardo na memória sua declamação:

- “Auriverde pendão de minha terra,
 Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra,
E as promessas divinas da esperança...”

 Me desgosta, joseense Juarez, ouvir os atuais comentaristas afirmando: - “O jogador Fernando corre tanto que parece ter dois pulmões”!

 O bucéfalo, que proferiu essa infâmia, ainda retrucou: - “Só os médicos tem a obrigação de saber quantos pulmões tem os humanos!”

 Socorro, Juarez Soares, precisamos de você, urgentemente! Ou vou continuar assistindo futebol, na tevê, com o volume em “off”, ah vou!


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

QUEM FOI BEETHOVEN?


 Sou do tempo em que, literalmente, se escrevia textos com a ponta da caneta.

 Hoje, adaptado às tecnologias, digito textos - simplesmente digito textos, eu disse!

 Ganhei em agilidade, porém, o corretor automático, dentro dos editores de textos, me tirou a oportunidade de pesquisar palavras no Aurélio, bem como, recorrer à enciclopédia para dirimir dúvidas. Sem contar o distanciamento dos livros de gramática para compreensão de possíveis e naturais erros ortográficos.

 Essa “comodidade”, apesar de positiva tende a nos transformar em autênticos “burros” funcionais.

 Com relação ao assunto, que ora discorro, lembrei-me de um acontecimento ocorrido há muito tempo.

 A empresa em que eu trabalhava necessitou de uma moça para a função de auxiliar de escritório. O salário era uma miséria, por isso, apareceram apenas duas candidatas. 
Uma era bonita, gostosa, voz orgástica feito locutora de aeroporto. A outra era mais feia que o capeta chupando manga debaixo de um guarda-chuva, comprado no Paraguai, além de fanhosa!

 Meu patrão pediu para que eu aplicasse uma provinha para as jovens. Na verdade, a prova consistia em responder uma única pergunta: “Quem foi Beethoven?” – somente isso! O objetivo era, apenas, verificar a redação das moças.

 As respostas estão relatadas da maneira em que foram escritas.

 A feia, que se chamava Cleusa, escreveu o seguinte: “Beethoven, na verdade, se chamava Ludwig van Beethoven, foi um compositor alemão de música erudita. Sua personalidade forte o transformou no típico gênio que vive a margem da sociedade. Suas obras estão entre as maiores de todos os tempos (especialmente sua 9ª Sinfonia e obras posteriores)”.

 Priscila, a gostosa, respondeu: “Betovi foi um caxorro da rassa São Bernado que trabalhô num filme”.

Adivinha quem o Moisés Moya contratou? Isso mesmo, a Priscila!

 Revoltado, fui falar com o Moisés, o qual justificou sua, errada, escolha:

- João, para os “errinhos” da Priscila o editor de textos dará uma ajuda, mas, para a feiura da Cleusa não há, no mundo, um corretor automático que possa dar jeito!

Fui obrigado engolir!