sexta-feira, 6 de junho de 2014

O FIM DE UMA PAIXÃO

Semana que vem começa a Copa do Mundo... Um evento que, ansioso, eu aguardava com frio na barriga, com direito a camisa verde-amarela e tudo. 

Dependurava um lábaro, verde-louro e estrelado, na janela e ajudava enfeitar a rua de minha casa... Em pleno inverno, entre pipocas e cobertores, comemorava cada gol do meu Brasil...sil...sil...sil...

Foi assim durante minhas “Copas”, pelo menos até a de 2006, e eu, como todos brasileiros, tinha orgulho da nossa seleção, que por sua vez exorcizara, para sempre, nosso “complexo de vira-latas”.

Alegria nas vitórias... Tristeza nas derrotas e a insatisfação nos empates (parafraseando Fiori Giglioti)... Toda devoção pela seleção que era meu orgulho - meu ópio.

E vai começar a “Copa do Mundo”! Confesso, não perdi a brasilidade, mas, estou pouco me lixando se a seleção ganhe ou perca... Pra ser sincero torço contra esses salafrários que usam a seleção de futebol como balcão de negócios... Enriquecem com a fortuna que circula pelas entidades futebolísticas, roubam e não fazem questão nenhuma de esconder as mãos sujas... Praticam desde pequenos delitos (roubo de medalhas) até o desvio de milhares de dólares (construção de estádios).

Os canalhas formaram quadrilhas que, sem nenhuma cerimônia, aparecem nos meios de comunicação e afirmam: “- O que tinha que ser roubado, já foi!”.

Não comprarei uma nova TV de led, nem mais me iludirei com o Galvão Bueno se esgoelando.

Que se dane: Marco Polo Del Nero, José Maria Marin, Ricardo Teixeira, Andrés Sanches, Felipão e todos integrantes da dinastia Havelange.

Continuarei apaixonado por meu país, uma paixão padrão FIFA... Curtirei as belezas deste meu Brasil... Acredito que seja verdade a afirmação de que: "dos filhos deste solo és mãe gentil"...

E por falar em beleza do Brasil, neste instante, observo a chuva fina molhando o jardim!