sábado, 28 de julho de 2012

AMIGO ELEITOR


Diferentemente das capitais - nós interioranos assistimos, ou melhor, ouvimos as campanhas eleitorais direto dos alto-falantes dos carros de publicidade que cortam as ruas.
 
A qualidade do som que emana dessas cornetas não incomodam apenas os ouvidos, na verdade “enchem o saco”, mas até aí tudo bem.

Não bastasse a má qualidade dos equipamentos sonoros, há tempos, insistem em criar seus “jingles de campanha" parodiando “sucessos” musicais do momento. Por consequência, temos que aguentar lixos oriundos de trilhas musicais de novelinhas de fundo de quintal, além de, Gugus e Faustões da vida. 

Se consultarmos nossos arquivos vamos perceber que esse atentado à nossa inteligência vem de longa data com: "ilariê", "xibom bombom", "levantou poeira" entre outras aberrações.

Entre as “jóias” do momento temos: “eu quero tchu eu quero tcha”, “assim você mata o papai”, “tchê tcherere tchê tchê”, e a pior de todas - que acredito seja a mais sugestiva - “ai se eu te pego”.

Não quero com isso que parodiem Tom Jobim ou Belchior, mesmo porque, a própria versificação das composições desses gênios impede tais infâmias.

Pelo lado positivo, se é que existe, a seleção dos candidatos pode começar pela exclusão dos que nos enfiam esses dejetos ouvidos adentro e goela abaixo.

Acredito que seja interessante essa triagem. Torço para que essa pré-seleção nos demova da ideia de anular o voto, mesmo porque, além de antidemocrático é a única ferramenta de mudança que ainda temos.

A história mostra que erramos repetidamente na escolha dos nossos representantes.

Uma hora a gente acerta! Ah, acerta!

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