sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

OLHARES E VULCÕES


Permissivo aceito me queimar com o fogo da minha rainha de paus Então viro o tabuleiro
Minha vez de mexer as pedras
Assumo o comando, mando
Mordo sua jugular em câmera-lenta
Desço montanhas, me escondo em seu umbigo alagado
Suor que embriaga - meio doce, meio sal

Aumenta o calor – fogo intenso
Em queda livre o paraquedas chega à caverna
Pelos pelos experimento seus sais
Beija-flor - beija a flor agridoce
Hora e meia de mel e céu, que céu!

Entrada triunfal!
Meu punhal degusta o calor do suco da fruta vermelha
Carrosséis giram - cavalos flutuam - cidade em chamas
O vulcão borbulha, ferve, treme, explode
Palavras desconexas, dicionário proibido
Uivos, gemidos, fluídos – fluímos

Olhos fechados... Agora... Tatear, tatear
As extremidades digitais arrepiam em seus poros
O mar acalma, o pulso diminui, toada leve
O sol retoma seu eixo
Termômetros assentam à sombra suave
Ainda ofegantes trocamos olhares, só olhares!


2 comentários:

  1. não posso comentar meu amor, vocabulário proibido....

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  2. Marreco,

    Agora a coisa ficou séria!!! Que narrativa!

    Minucci

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