sábado, 15 de setembro de 2012

CHEGAMOS AO GREEN!


 Acredito que os vídeos games perderam a ternura depois do Nintendo e do Atari. 

 Ainda que seus cartuchos não encaixassem direito e seus “joysticks”, volta e meia, quebrassem seus comandos. 
 Mas que eram uma delícia, isso eram. Verdadeiros, pão com ovo!

 Meu preferido era o River Raid. Quantas noites em claro, com um aviãozinho irado, atravessava rio acima, dando tiros para todos os lados, tentando escapar dos ataques inimigos.
Não podia atirar, nem esquecer de encher o tanque, nas janelinhas "fuel", pelo caminho, ou era “game over” na certa.

 Quando estragava o controle recorríamos ao teclado mesmo: as setas serviam para mover o aviãozinho e a barra de espaço para atirar.

 Não sei se o vídeo game instalado em casa, hoje, é um Play Station3 ou um Xbox kinect, só sei que custou caro, muito caro. Tá certo que os gráficos são espetaculares e, basta fazer movimentos lógicos na frente do vídeo para seguir o jogo, mas, não dá “tesão”, não dá!

 Semana passada, fiquei observando o João e seus amigos jogarem golfe no dito vídeo game. Achei legal. No momento em que o jogador atingia aquela grama verdinha, perto do buraco, o narrador do game (narrador? que chique!) anunciava em tom de missão quase cumprida:

 - “Chegamos ao green”!

 Quantas vezes, na vida profissional e pessoal, após diversas tentativas, com ventos e pessoas a favor, ou contra, chegamos perto dos nossos objetivos? Feitos os garotos, que jogavam o golfe, ensaiamos um sorriso de dever quase cumprido, quase consumado, faltando apenas capricharmos na tacada final.

 Durante nossa jornada, haverá ventos, pontes, obstáculos e percalços, muitos percalços. 

 Se respeitarmos as regras do jogo, certamente, chegaremos à parte gostosa da vida e, entre coca-colas e hambúrgueres, também, poderemos gritar:

- “Chegamos ao green”!


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