sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O REI DO RINGUE!


 A criançada de hoje, talvez, nunca tenha ouvido falar do personagem ao qual vou me referir.
 
 Quero que fique claro, foi um dos meus ídolos nos anos 60/70.

 Há tempos estou ensaiando escrever sobre ele, ou, sobre sua atividade. Vou fazer isso agora, infelizmente, no dia de sua partida.

 Esse ídolo era TED BOY MARINO; um dos “Reis do Ringue”!

 Fui admirador e torcedor desse lutador, defensor dos fracos e exterminador da maldade. Um herói que apanhava a luta inteira para, no final, aplicar derrotas humilhantes aos adversários. Quando parecia derrotado tirava forças, não sei de onde, para aniquilar seus oponentes.

 Tempo das vitórias triunfais – memoráveis!  Suas “tesouras voadoras” pareciam efeitos especiais. Seus movimentos eram improváveis (a lá Matrix) e indefensáveis - levavam um quê de divindade. Não tinha medo dos mal-encarados e traiçoeiros: Rasputin, Verdugo, Mongol, Barba Negra.

 Pensam que não forramos o chão com palha de arroz para imitar suas voadoras? Na verdade, Ted Boy era aquilo que queríamos ser: vencedores!

 Passados os anos, e crescido, entendi que as lutas eram verdadeiras “marmeladas” e o sangue que vertia no rosto dos lutadores era lavável com água e sabão – pura groselha.

 Permissivo, me deixei enganar pelas farsas dos combates. Na verdade aquilo era um show - um espetáculo! 

 Com a morte desse rapaz, já setentão, reflito e concluo que me fez muito bem aquela inocente "marmelada".  

 A luta contra o mal nunca poderá cessar e jamais poderemos abrir mão de nossa capacidade de reação, esse foi o legado do "telecatch" e, também, do Ted Boy. Se cairmos mil vezes que levantemos mil e uma!

 No ringue, e na vida, dificilmente teremos outro Ted Boy para nos servir de referência. Que perdure, pelo menos, seu exemplo de valentia. 

Sua gana por vitórias foi um dos esteios da minha infância Ted Boy. Meu espelho teimou em refletir somente sua imortalidade.

 O "telecatch" perdeu seu maior personagem e eu perdi um pouco das minhas ilusões infantis. Perdi um pouco de mim!


Nenhum comentário:

Postar um comentário