-“Nana nenê que a Cuca vem pegar,
papai foi pra roça e a mamãe foi trabalhar”, imaginem isso buzinando na cabeça
de uma criança de ano e meio. Como o papai e a mamãe não estavam em casa melhor
mesmo era dormir para escapar dessa maldita Cuca. E assim fomos, desde bebês, aprendendo
a definir o bem e o mal.
O irlandês Bram Stoker, criador
de Drácula, até então, o vampiro mais conhecido da literatura, trata esse
personagem como: perigoso, horrendo e quase indestrutível - apesar das pitadas
de sedução - além de definir paralelos do personagem com instintos destrutivos.
Nas entrelinhas deixou registrado que a luta contra o mal não termina nunca.
Em outra vertente encontramos as
bruxas com seus caldeirões, vassouras e rituais simbólicos. Sempre foram perseguidas,
mesmo antes da inquisição, por praticarem malefícios contra a humanidade. Consta
que se reuniam para praticar orgias e cultuar o Diabo.
Eis que a cinematografia mundial embarca na fantasia
de neo-autores, mais especificamente Stephenie Meyer e Joanne Kathleen Rowling,
com seus bruxos, lobisomens e vampiros definindo-os como “moderninhos” e sugerindo
“coisas legais” nas suas respectivas sagas. Inverteram com isso o curso natural
das coisas, sem contar, que esses lixos infanto-juvenis se proliferaram e
renderam milhões nas bilheterias dos cinemas e milhões nas tiragens das
editoras.
Acredito que essas “infâmias” tendem a se prolongar, nas telas e nas
livrarias, pois o “trouxa” Harry Potter
(ou seríamos nós os trouxas), o anêmico Edward e a indecisa
“piriguete” Bella estão saindo,
agora, da puberdade e podem apostar: vem herdeiros por aí! Como se vê os
dejetos saem das bocas de esgoto de qualquer lugar do mundo, inclusive da América, mas para quem assiste BBB, ouve Luan
Santana e Michel Teló todo o dia o dia todo, o que são meia dúzia de “bons vampiros”
para aumentar a mediocridade?
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