quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

OBJETOS VOADORES IDENTIFICADOS


 Semana de férias: praia, sol, mar, camarão à paulista, poses, fotos, biquínis, além de muita areia no fundo da cueca e também sobre os lençóis. O apito dos salva-vidas alertava os desavisados da violência das ondas.

 Entre mergulhos e cochilos, volta e meia, um objeto voador motorizado realizava rasantes a menos de trinta centímetros de nossas cabeças. E não eram apenas ultraleves e paramotores. Monomotores arrastavam faixas de propaganda, jatos decolavam de Paranaguá sentido Curitiba, deixando além do risco branco no céu um barulho similar ao do secador de cabelos. As gaivotas e quero-queros se misturavam aos planadores com seus vôos silenciosos.

 Porém, a aeronave que mais me causou, ou melhor, me causa inquietação é o helicóptero. De todas as máquinas voadoras, motorizadas, é a única não alada. Ele desafia toda e qualquer lei da física, pra ser sincero, desafia até Sir Isaac Newton.

 Os helicópteros, pelo seu design, não possuem qualquer recurso aerodinâmico. Trata-se de um bloco em metal que, quando em queda, despencam na vertical. E se as hélices estiverem girando, quando dessa queda, caem em parafuso.

 Proporcionalmente os helicópteros parecem um girino gigante, que na metamorfose esqueceram de ejetar suas caudas, e ainda enroscaram um cata-vento na nuca. O motor parece que vai apagar a qualquer instante, imitando em muito, o motor de um engenho de moer cana.

 Podem me convidar para saltar de para-queda, pular de “bungee jump”, voar de balão ou deslizar em uma tirolesa.  Mas entrar em helicóptero nem amarrado. Ulisses Guimarães e Severo Gomes, entraram numa máquina dessas em outubro de 1992 e ainda não voltaram para contar a história. Em política e helicóptero é melhor que não embarquemos, nunca. Os dois tendem a nos derrubar, sem contar que, vez em quando nos faz desaparecer!

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