quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

VAMOS PASSEAR NAS ESTRELAS?


Eu morava numa casa simples com um imenso quintal, alguns varais amarrados palanque a palanque, um pequeno pomar e uma horta... A vida era tranquila!
Ao amanhecer, antes de ir para a escola, regava as verduras e escutava a gritaria dos sabiás no alto do mamoeiro. 

 Naquele quintal, nas noites de primavera, eu ficava horas observando e contando as estrelas - admirando seus brilhos disformes e reluzentes, e confesso: me perdi na contagem, várias vezes, e não me lembro ter, nas mensurações, mais que vinte estrelas.

  Eu mesmo colocava os nomes naqueles pontinhos brilhantes: um eu chamava de estrelinha, outro estrelona; tinha a pérola, o brinquinho, olho de gato, cavalinho, chuvisco, entre outros que não me lembro mais. 

 Foi nessa época que iniciei meu namoro, firme, com a Lua, mas ela, esnobe, sempre me tratou com frieza.

 Não me tornei astrônomo, mas, tempos depois descobri o nome correto de alguns daqueles pontinhos reluzentes.

 Hoje me deu vontade de convidar vocês, pra gente passear por entre minhas estrelas.

Sairemos ao anoitecer, viajaremos até o hemisfério norte e visitaremos a constelação de Andrômeda ou, quem sabe, Cassiopeia. Depois pularemos para o outro lado do muro, no hemisfério sul, e contemplaremos o Triângulo Austral e Centaurus - se der tempo. Visitas à Aldebaran, Antares, Acrux, Regulus e Mimosa serão obrigatórias. 

 Se tivermos fome, comeremos um “big-mac” em alguma Nebulosa. Quem sabe em Vega a gente encontre um bando de astronautas argentinos para discutirmos Pelé e Maradona, Perón e Collor, Tom Jobim e Gardel ou um outro “hermanito cualquier”!

  Temos apenas que tomar cuidado para não cairmos em nenhum buraco negro, eles são milhares, desconhecidos e invisíveis. Se não der tempo de conhecermos alguma supernova, paciência! 

 Ficaremos acordados até altas horas e se percebermos que está ficando tarde, damos uma ligadinha para justificar o atraso, até lá, quem sabe, a TIM possa ter resolvido seu problema de queda de sinal e de conexão.

  Quando os primeiros raios solares romperem o horizonte a gente pedala mais rápido, para voltarmos antes do amanhecer. 

A Lua? Ela já tem dono - essa “podexá” que eu vigio!

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